21 de setembro de 2006

Agora a sério, eu não li por completo as declarações do Papa e não sei exactamente o contexto em que as proferiu. Mas se eram, à partida, sujeitas a criarem celeuma, que certamente estaria ciente disso era o Papa. Então porque o fez? Essa é a grande questão, para mim.
Segundo. Em todas estas polémicas, quem vemos criticar o ocidente, além dos visados (os muçulmanos, supostamente, mas não o serão e geral, certamente), são os próprios ocidentais. Ora, quando o contrário acontece, como agora, que se matou uma freira católica num hospital na Somália, entre outras coisas, a reacção de auto-recriminação da parte muçulmana pouco ou nada se houve. E pior, cá, deste lado, quase que se incrimina o causador de tudo, seja o Papa, seja o jornal das caricaturas, seja o que for.

21 de setembro de 2006

2 pensamentos em “O Papa e o Islão 2

  1. Ricardo Ramalho says:

    O que o Papa disse foi uma citação que estava a fazer a um texto de há uns séculos… Tirar uma frase fora do contexto já é mau, mas tirar uma citação fora do contexto e depois usar essa citação como rastilho parece-me desonestidade intelectual.
    Infelizmente é o jornalismo que temos… Não relata as coisas como elas são, mas sim como lhes convém, para tirar dividendos disso mesmo, sem olhar a consequências.
    Temos pena

  2. “Tirar uma frase fora do contexto já é mau, mas tirar uma citação fora do contexto e depois usar essa citação como rastilho parece-me desonestidade intelectual.”
    Achas que a frase está assim tão fora de contexto? Se calhar ando distraído!

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