Realmente os bolseiros de PhD são essenciais para a ciência e a tecnologia, pois sem os jovens não haveria a energia mental necessária para a investigação e desenvolvimento.
É verdade que, estatisticamente, a crise apenas trouxe uma pequena diminuição no número de bolsas de PhD e no salário dos bolseiros.
No entanto a comunidade científica em Portugal está em geral muito descontente com a presente presidência da FCT. Nunca as manifestações públicas e os comentários nos jornais foram tão negativos como agora.
Por isso o problema que sentimos em Portugal não é apenas um problema estatístico de menos bolsas e de menos dinheiro. Obviamente, todos conseguiríamos continuar a fazer investigação e desenvolvimento apesar de sofrermos alguns cortes.
Vivendo no interior do sistema académico sinto que o problema é causado pela decisão da presidência da FCT de acumular o financiamento em apenas alguns novos programas de doutoramento que deixam grande parte dos anteriores programas de doutoramento sem bolseiros.
Isto é agravado por as sub-áreas da ciências e da tecnologia que acabam por ser financiadas não terem mais qualidade que as que perdem financiamento. Nem sequer as sub-áreas financiadas são claramente mais relevantes para a economia ou a estratégia nacional que as áreas não financiadas. Os júris não têm a competência e os meios necessários, e tanto os critérios como a sua aplicação não parecem razoáveis.
Numa comunidade que busca a verdade e a excelência, esta disparidade, este caos e esta arbitrariedade são demasiado desmotivantes. Este mal estar afasta principalmente os os jovens que são os mais idealistas de todos.
A ciência, a tecnologia e a academia, estão a sofrer danos muito profundos, não tanto pelos cortes, mas principalmente pela estratégia utópica e pela péssima gestão da FCT.
Obrigado pelo comentário. Tenho seguido toda a polémica fora e dentro dos jornais, e agora com a avaliação dos grupos de investigação há ainda outro ponto negro.
Tenho de escrever algo sobre isso, até para que eu me possa esclarecer de alguns dos problemas que estão a acontecer e que não é fácil descortinar.
Bom dia!
Realmente os bolseiros de PhD são essenciais para a ciência e a tecnologia, pois sem os jovens não haveria a energia mental necessária para a investigação e desenvolvimento.
É verdade que, estatisticamente, a crise apenas trouxe uma pequena diminuição no número de bolsas de PhD e no salário dos bolseiros.
No entanto a comunidade científica em Portugal está em geral muito descontente com a presente presidência da FCT. Nunca as manifestações públicas e os comentários nos jornais foram tão negativos como agora.
Por isso o problema que sentimos em Portugal não é apenas um problema estatístico de menos bolsas e de menos dinheiro. Obviamente, todos conseguiríamos continuar a fazer investigação e desenvolvimento apesar de sofrermos alguns cortes.
Vivendo no interior do sistema académico sinto que o problema é causado pela decisão da presidência da FCT de acumular o financiamento em apenas alguns novos programas de doutoramento que deixam grande parte dos anteriores programas de doutoramento sem bolseiros.
Isto é agravado por as sub-áreas da ciências e da tecnologia que acabam por ser financiadas não terem mais qualidade que as que perdem financiamento. Nem sequer as sub-áreas financiadas são claramente mais relevantes para a economia ou a estratégia nacional que as áreas não financiadas. Os júris não têm a competência e os meios necessários, e tanto os critérios como a sua aplicação não parecem razoáveis.
Numa comunidade que busca a verdade e a excelência, esta disparidade, este caos e esta arbitrariedade são demasiado desmotivantes. Este mal estar afasta principalmente os os jovens que são os mais idealistas de todos.
A ciência, a tecnologia e a academia, estão a sofrer danos muito profundos, não tanto pelos cortes, mas principalmente pela estratégia utópica e pela péssima gestão da FCT.
Pedro Bicudo, Prof. IST Lisboa
Obrigado pelo comentário. Tenho seguido toda a polémica fora e dentro dos jornais, e agora com a avaliação dos grupos de investigação há ainda outro ponto negro.
Tenho de escrever algo sobre isso, até para que eu me possa esclarecer de alguns dos problemas que estão a acontecer e que não é fácil descortinar.