27 de janeiro de 2010

Jon Stewart:
Why is it so difficult to get change in the educational system in our country? That seems to be one of the most intractable systems, either because of the boards that are there or the unions or the–what is it about our education system that makes it so difficult to reform?
Bill Gates:
Well, until recently there was no room for experimentation. And charter schools came in–although they’re only a few percent of the schools–and they tried out new models. And a lot of those have worked. Not all of them. But that format showed us some very good ideas, and among those ideas is that you measure teachers, you give them more feedback. And–but people are afraid you’d put in a system that will fire the wrong person or have high overhead, and that’s a legitimate fear. So actually having some districts where it works and then getting the 90% of the teachers who liked it, who thrived, who did improve to share that might allow us to switch–not have capricious things but really help people get better.
Stewart:
But don’t public things like schools and medical care need to have the power to fail, need to fire the wrong person every now and again? It’s never going to be perfect. Aren’t people’s expectations of what it’s supposed to be so precious that you never get change in the positive direction?
Gates:
That’s right. But you have to have a measure. And it’s very tough to agree on a measure. You know, right now the health system rewards the person who just does more treatment, so it’s quantity of output, not the kind of preventative care and measuring and saying, “Okay, you do that well.” Or, “You teach this kid really well.” We haven’t been able to agree on that. And without that it’s a problem.
via

27 de janeiro de 2010

13 de janeiro de 2010

Minha mãe tem talento para cozinhar. Domina o cânone clássico da gastronomia portuguesa, apenas não incorrendo muito pelos doces conventuais. No entanto, não se fica por aí e recolhe receitas de todo o lado, sempre com um sentido prático e de eficiência, mas mais importante, não se limita pelo rol de instruções das mesmas. Chama a si mesmo a liberdade para inovar, mudar, substituir ou acrescentar e não se coíbe de tentar gestos culinários menos óbvios para tentar imitar este ou aquele conjunto de sabor que experimentou, mas para o qual não tem receita.

Acho que herdei algumas dessas características, talvez a mais importante a tal de não seguir à risca as receitas, muito embora um certo excesso de confiança já me tenha custado alguns dissabores. Ainda assim, aquela que mais espanto causa à maioria das pessoas a quem confesso, é o facto de não gostar de revelar receitas. Não é que não defenda o trânsito de ideias gastronómicas; aceito as que me derem. Revelar, no entanto, especialmente as melhores, é algo que faço a contragosto. Não me perguntem porquê, é algo interior, mais forte que eu. Às vezes é tão forte, confesso, que aos mais insistentes que não se contentam com um simples não, há que recorrer a um golpe baixo. Lá temos de revelar a receita, mas só aparentemente, claro, já que vai, ou sem o segredo principal, ou adulterada. Não é má vontade, e também não sou dono de nenhum restaurante que precise de guardar a alma do negócio. É algo mais cósmico, um tanto ou quanto herdeiro do espírito monástico e obscuro de algumas ordens religiosas. Se for das melhores receitas, é provável que não consigam obter nada de mim. Verdade seja dita, também não sou nenhum chef.

13 de janeiro de 2010

17 de dezembro de 2009

Mais um exemplo de uma notícia mal dada. Quem lê o título “Temperatura em Portugal está a aumentar mais do que no resto do mundo” fica, e com razão, a julgar que o aumento de temperatura em Portugal é maior do que em qualquer outra parte do mundo. Com razão, porque é o que lá está escrito.

No entanto, no corpo da notícia o que se lê é:

“Verifica-se um aumento da temperatura média de 0,33 graus à década, um ritmo de crescimento superior ao que se verifica fora de Portugal, em termos mundiais. A temperatura de 2009 ficou muito acima dos valores médios, quase um grau”, afirmou Adérito Serrão, presidente do Instituto de Meteorologia, em entrevista à Lusa.
Comparativamente às temperaturas no resto do mundo, Portugal ficou este ano entre 0,55 e 0,33 graus acima dos valores médios.

Ah, então o que acontece é que Portugal tem um aumento médio de temperatura superior à média mundial do aumento de temperatura. É verdade, talvez pudesse ser o valor mais afastado da média e portanto o título estaria certo. Embora não tenha dados para dizer com toda a certeza, é muito pouco provável. Mas nada no artigo diz algo que possa suportar o que está no título.

17 de dezembro de 2009

15 de dezembro de 2009

amal

15 de dezembro de 2009

11 de dezembro de 2009

Inteirava-me eu da actividade do nosso inefável parlamento, desta feita sobre a votação de uma magistrada para o Supremo Tribunal de Justiça, quando reparo nos números da votação: 139 a favor – muito bem, estão a favor, – 67 brancos – muito bem, abstêm-se – e 10 nulos, muito bem… perdão? Dez nulos? Nulos?!
Das duas uma, ou temos deputados ceguinhos e não acertam com a cruz no quadrado, ou então estamos perante política pós-moderna, que ultrapassa o limite das minhas capacidades cognitivas. Ora, na minha ignorância, sempre cuidei que o voto nulo era uma manifestação de desprezo pelo sistema, um voto de reacção contra algo com que se não concorda, nem se consegue compaginar. Muito mais que uma mera abstenção, é desdenhar as alternativas e está destinado ao cidadão anónimo que prescinde do seu direito de voto como forma de manifestar a sua posição.
Ora um deputado não é nem anónimo, nem impotente. Muito menos deve ocupar o lugar que ocupa, se não estiver de acordo com o regime que nos rege. Um deputado, em democracia, não pode votar nulo. É cobardia.

11 de dezembro de 2009

5 de dezembro de 2009

“Criar um programa de estágios Inov Social, protocolando 1.000 vagas em instituições da economia social ou em instituições de promoção cultural”
in Programa do Governo

Existe, é um regionalismo brasileiro. Mas soa mal à brava…


“Prestação de serviços de design global do estacionário da Comissão Nacional e dos materiais de suporte à comunicação dos diferentes eixos programáticos”
in Contratos Públicos Online

Estacionário diz-se de um sistema que não evolui no tempo. Ou dum carro que não se mexe. Não de papel de carta.

5 de dezembro de 2009

3 de dezembro de 2009

Yes, we can.

3 de dezembro de 2009

23 de novembro de 2009

Recebi a seguinte mensagem automática de resposta a um email:

I may not be able to regularly attend to my mails until December 25, 2009. Thank you for your message and I’d appreciate your patience during this time.

Mas não, não era o menino Jesus.

23 de novembro de 2009

28 de outubro de 2009

Devido ao facto de aqui, nos EUA, o café ser bebido aos baldes, constatei que esta bebida é altamente diurética. Bica à bica, não dava para reparar, mas assim dá. Também o café é uma bebida de aluguer.

28 de outubro de 2009

20 de outubro de 2009

Quem diz que as novelas da TVI não têm profundidade intelectual, quem?

Guarda Jacinto – Guarda moçambicano. Virá a revelar-se um homem corrupto que faz serviços a quem lhe paga.

Com que então, “faz serviços a quem lhe paga”. Há cá uns desses na minha rua! São merceeiros, mas devem ser terroristas.
em «A Outra»

20 de outubro de 2009

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