20 de outubro de 2009

Obama no MIT
Sexta-feira, além de ser data de aniversário de minha mãe, vem o Obama cá à universidade.

20 de outubro de 2009

19 de outubro de 2009

Prati­ca­mente as coisas passavam-se assim: um Estado não-intervencionista, tendo na sua cúpula um chefe dec­o­ra­tivo, estático, que não gov­er­nava, assumia as funções de guardião dos dire­itos da pro­priedade pri­vada e as do poli­ci­a­mento da mecânica das acções e reacções provo­cadas pelo antag­o­nismo dos inter­esses do cap­i­tal e do tra­balho, para evi­tar que o fenó­meno degen­erasse em per­tur­bações da ordem pública. O lema das sociedades, no tocante à activi­dade fun­cional do Estado, era o clás­sico «lais­sez faire, lais­sez passer», pre­tendendo garantir-se deste modo a imu­nidade da ini­cia­tiva indi­vid­ual, con­sid­er­ada como força motriz do progresso.

Ora, deste sis­tema orgânico das forças económi­cas, soci­ais e políti­cas tin­ham sem dúvida derivado acrésci­mos notáveis da pro­dução, diminuições sen­sa­cionais da quan­ti­dade de ener­gia man­ual e cor­rel­a­tivos aumen­tos da quan­ti­dade de ener­gia mecânica incor­po­rada em cada unidade pro­duzida. Assim, pois, o aper­feiçoa­mento da téc­nica vinha gerando autên­ti­cos mila­gres no sec­tor fab­ril e até no ramo agrí­cola. As cap­i­tal­iza­ções, sob as modal­i­dades de bens mobil­iários e imo­bil­iários, atin­gi­ram val­ores assom­brosos nos países mais desenvolvidos.

É, porém, certo que «não há for­mosa sem senão»: no capí­tulo das riquezas tinham-se orig­i­nado fla­grantes injustiças, desigual­dades cada vez mais acen­tu­adas, o que oca­sion­ava, à costa deste avolumar de entropia social, ran­cores e divisões intesti­nas. A neu­tral­i­dade do Estado nos con­fli­tos entre o cap­i­tal e o tra­balho era afi­nal de con­tas tão revoltante como o não-intervencionismo dum polí­cia na luta entre um campeão de boxe e uma criança.

Cunha Leal em As Min­has Memórias, Coisas dos Tem­pos Idos (vol­ume I, Lis­boa, 1966), sobre o período «de civ­i­liza­ção» que teve lugar de mea­dos do século XIX ao iní­cio da Primeira Guerra Mundial.

Publicado no É Tudo Gente Morta

19 de outubro de 2009

19 de outubro de 2009

É a cultura, estúpido e Santana & Costa no É Tudo Gente Morta.

19 de outubro de 2009

18 de outubro de 2009

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Dedicado ao Francisco Louçã e ao João. Deste lado tem havido pouco tempo para me dedicar à escrita aqui. Mesmo no É tudo gente morta, não tenho podido contribuir como gostaria e até ao fim do ano, o ritmo não deverá alterar-se muito. No entanto, e como este blog é uma espécie de baú do que escrevo, vou aqui reproduzir a maioria das coisas que lá escrever.

18 de outubro de 2009

2 de outubro de 2009

Agora é que percebi porque é que o Louçã e o Bloco são a favor da “Proibição da criação de chinchilas, coelhos, raposas ou martas para pêlo”. Também as chinchilas são revolucionárias. E razão têm em querer sair da NATO; esses americanos ainda vão celebrar para Las Vegas!

2 de outubro de 2009

1 de outubro de 2009

Nasceu um novo blog de que fui co-parteiro. A partir de hoje também vou dar um pezinho de dança no É Tudo Gente Morta, embora a coisa seja um pouco assustadora, não por ser tudo gente morta, mas por ser pé de chumbo.

1 de outubro de 2009

29 de setembro de 2009

1.

O Presidente da República não cede a pressões nem se deixa condicionar, seja por quem for.

versus

…espero que os portugueses compreendam que fui forçado a fazer algo que não costumo fazer…

+

E embora me tenha sido garantido que tal não aconteceu, (…) procedi a alterações na minha Casa Civil.

Senhor Presidente, então gasta quase dez minutos para dizer que a culpa é de arruaceiros do PS, ou de indivíduos a soldo deste e no fim acaba por só demitir o seu acessor (a contragosto) e a encomendar uma firewall?
2.
O senhor Presidente constatou o facto de que um jornal revelou um email trocado entre jornalistas de um outro periódico, violando assim a integridade dos dados confidenciais. Isso levou-o a interrogar-se se “será possível alguém do exterior entrar no meu computador e conhecer os meus e-mails?” Estaria a informação confidencial da Presidência da República em segurança?
É sempre bom um Presidente preocupar-se com a segurança dos dados do mais alto posto da nação, mas porquê só agora? Não se lembrou do assunto quando o email da Governadora Palin foi revelado na internet? Ou mesmo quando o Presidente Obama considerava desfazer-se do seu Blackberry? Será que só agora é que há coisas interessantes para manter seguras?

29 de setembro de 2009

28 de setembro de 2009

A solução não é boa, mas a alternativa era melhor? Provavelmente também não.

28 de setembro de 2009

20 de setembro de 2009

Depois do Liedson, fomos buscar mais os chineses todos e um bom bocado dos indianos:

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O site TerminalA sabe de português à brava:

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E o Duarte Ladeiras também. Ó homem, estes o corrector ortográfico consegue emendar. E acho que a concordância de número entre o sujeito e o predicado também, apesar de não ser assim tão difícil… mais que um, é plural. Vá por mim.

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Carro estufado, confesso, nunca experimentei:
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Ah Sapo… sempre a anúnciar coisas sadias e educativas. E é que “Rouba (…) [os] teus amigos e dá-lhes uma tareia” por si só já não é muito católico, agora, recomendá-lo ao mesmo tempo em que avisam que “A vida é curta, aproveita bem…”. Depois não se admirem que haja coisas à lá Columbine em Freixo de Espada à Cinta.

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20 de setembro de 2009

18 de setembro de 2009

Bem… ainda não. Mas podia! Como emigrante que sou, lá recebi em casa o boletim de voto para poder participar nas próximas legislativas, não sem alguma luta burocrático-administrativa. Um daqueles dos que o governo PS queria abolir, embora a mim, pessoalmente, não me causasse grande transtorno, já que vivo a menos de dez quarteirões do Consulado. Mas nem toda a gente tem esse previlégio.
boletim de voto
Uns dias antes de receber o boletim de voto no envelope abaixo, recebemos em casa uns prospectos do PSD.
envelope
Não tenho nada contra o facto de se informarem os cidadãos e acho muito bem que os partidos divulguem as suas posições, apresentem os candidatos e até ajudem a esclarecer as dúvidas logísticas do processo de voto, como fez o PSD. E, até ao momento, só mesmo o PSD o fez. Os consulados franceses, por exemplo, reúnem um pacote de panfletos e programas dos diversos candidatos e enviam-nos aos cidadãos franceses das suas zonas de jurisdição.
envelope PSD
No entanto, aqui não foi esse o caso. Como podem verificar no envelope acima, a correspondência vem directa do PSD, de Portugal. É, também, fácil de verificar onde é que o PSD foi buscar os nossos dados, já que escreveram a morada com os mesmos erros que o MAI, como por exemplo, repetir três vezes Boston na mesma linha. Não é que, para este propósito, a coisa me aborreça muito e a minha morada até é relativamente pública, mas não há uma lei qualquer acerca da privacidade dos dados pessoais? Não sei se foi o Consulado, o MAI, ou mesmo algum funcionário menos zeloso quem disponibilizou os dados ao PSD, mas suspeito que a coisa seja proibida, mesmo que para fins eleitorais. Eu certamente não quero receber publicidade do PNR. E que bela maneira de se construir uma mailing list: i) fundar um partido ii) ter acesso às moradas de todos os eleitores…

18 de setembro de 2009

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