14 de julho de 2003
Eu já conhecia o que era um blog há algum tempo. Talvez há um ano. A primeira vez que tomei contacto com estes seres foi através da página do Blogger e na altura resolvi espreitar alguns dos links das últimas actualizações para ficar a saber o que realmente era um blog. Lembro-me de na altura só ter visto sites de adolescentes americanas que se serviam de blogs para pôr à vista de todos, as mais variadas e insignificantes coisas que lhes tinham acontecido durante o dia. Achei inútil e além do mais piroso – é que realmente a maioria era.
Mais tarde vim novamente a tomar contacto com os blogs; desta feita tinha dado de caras com uma comunidade portuguesa, em círculo, que utilizava os blogs como grito público (no entanto privado!), exprimindo as coisas que muito bem entendiam. Pouco tempo depois saiu a reportagem na Visão e aí tomei verdadeira consciência da dimensão do fenómeno. Decidi também criar o meu blog, por dois motivos: o primeiro porque gosto de criar páginas de internet – acho que os novos meios tecnológicos são excelentes meios de expressão criativa; em segundo lugar, apesar de já ter o meu espaço de crónicas na 100ideias, queria um lugar privado (público!) para libertar os meus pensamentos. São variados, mas tentando que a temática seja a do espírito dos portugueses e a suas célebres (in)capacidades.
Mas como qualquer blogueador (ou bloguista? será blogueiro, ou ainda blogante?) iniciado, há ansiedades que nos assolam (se esta generalização estiver errada, digam-me): porque é que realmente estou a fazer isto? Interessa a alguém? Será que eu acho que isto interessa? Vou conseguir mantê-lo? E agora que o tenho, alguém vai lê-lo? Como é que o vou divulgar? Também vou tentar entrar na blogosfera? Vou entrar na roda que gira? Quero ser um bestseller? Vou ser um bestseller! Vou? Não sejas parvo!
Eu acho que vou tentar ficar por cá. Gosto disto.
Eu blogo (detesto o verbo) para mim. É uma forma de guardar os meus pensamentos. Uso e abuso da função de pesquisa no meu blog para saber o que achei de um determinado filme ou assunto. Se mais alguém o lê – ia dizer que nao me interessava – óptimo.
Continua e cala-te! 😛
Mesmo quando o silêncio é total, alguém vê e pensa.
Nossa, você é igual ao meu melhor amigo. Ele também tem um blog. A foto de vocês… A semelhança chega a assustar!
Achei você muito parecido com o Free Bee, http://freebee.blogspot.com/ , procure nos arquivos dele e me diga, devem ser irmãos…
Brincadeiras a parte, felicidades a você e continue sim no mundo dos blogs, isso vicia e também é uma terapia.