FLASH MOB CHEGA A PORTUGAL
É a moda deste Verão. Convocados por e-mail, estranhos aleatórios aderem a concentrações de curta duração e sem propósito aparente. As denominadas “Flash Mobs” (Multidões Flash) começaram em Nova Iorque, em Julho, e chegaram à Europa este mês. Por e-mail corre já a primeira convocatória para Portugal, marcada para Setembro.
d.r.
Anónimos unidos por breves momentos e sem propósito aparente é a moda deste Verão
Estas concentrações não são manifestações, não são convocadas por entidades colectivas, não têm cartazes e nada reivindicam. É uma estranha moda do vazio, à qual o Mundo Ocidental está a aderir a uma velocidade incrível. O que leva perfeitos desconhecidos a juntar-se, por escassos segundos ou minutos, dar um grito, levantar uma mão, ou mesmo nada fazer, dispersando logo de seguida? Alguns alegam que é uma forma de quebrar a monotonia das rotinas diárias. Outros manifestam o anseio de participar em algo de diferente. E há mesmo quem adira pela razão mais natural do Mundo: conhecer pessoas.
Espelho desta Era do Vazio, de que nos falou Gilles Lipovetsky, as ‘flash mobs’ começaram em Nova Iorque, em Julho, por iniciativa de um indivíduo. A moda espalhou-se rapidamente a dezenas de cidades norte-americanas. Recentemente, uma ‘flash mob’ ocorreu em Nova Iorque, no Central Park, onde as pessoas se concentraram a uma hora específica (19h26), cantaram “Natureza, Natureza” durante 20 segundos e dispersaram de seguida. É um exemplo típico desta actividade. Em Agosto a moda chegou à Europa, com concentrações em diversos países, principalmente na Alemanha e no Reino Unido. A primeira ‘flash mob’ em Londres foi numa loja de móveis, onde 200 pessoas entraram e aí permaneceram durante 10 minutos, saindo de seguida, sem dizer uma palavra sequer.
Esta terça-feira começou a ser divulgada por e-mail a convocatória para a primeira ‘flash mob’ portuguesa. Esta iniciativa marca a chegada a Portugal da moda social deste Verão, mas confere-lhe uma certa aura política que não existe nas concentrações até agora realizadas noutros países. A concentração portuguesa está convocada para o próximo dia 15 de Setembro, em frente à Assembleia da República. A multidão deve formar-se, exactamente, às 15h30, dar uma vaia às 15h31, uma salva de palmas às 15h32, um aceno de adeus às 15h33 e dispersar às 15h34. A mecânica da concentração é em tudoi idêntica ao que se pratica ‘lá fora’, mas o local escolhido para a concentração é mais político que o habitual. Seja como for, a moda está aí. E o organizador da primeira ‘flash mob’ portuguesa está já a pensar numa segunda, para Outubro, e aceita inscrições e sugestões para o e-mail [email protected].
FLASH MOB CHEGA A PORTUGAL
É a moda deste Verão. Convocados por e-mail, estranhos aleatórios aderem a concentrações de curta duração e sem propósito aparente. As denominadas “Flash Mobs” (Multidões Flash) começaram em Nova Iorque, em Julho, e chegaram à Europa este mês. Por e-mail corre já a primeira convocatória para Portugal, marcada para Setembro.
d.r.
Anónimos unidos por breves momentos e sem propósito aparente é a moda deste Verão
Estas concentrações não são manifestações, não são convocadas por entidades colectivas, não têm cartazes e nada reivindicam. É uma estranha moda do vazio, à qual o Mundo Ocidental está a aderir a uma velocidade incrível. O que leva perfeitos desconhecidos a juntar-se, por escassos segundos ou minutos, dar um grito, levantar uma mão, ou mesmo nada fazer, dispersando logo de seguida? Alguns alegam que é uma forma de quebrar a monotonia das rotinas diárias. Outros manifestam o anseio de participar em algo de diferente. E há mesmo quem adira pela razão mais natural do Mundo: conhecer pessoas.
Espelho desta Era do Vazio, de que nos falou Gilles Lipovetsky, as ‘flash mobs’ começaram em Nova Iorque, em Julho, por iniciativa de um indivíduo. A moda espalhou-se rapidamente a dezenas de cidades norte-americanas. Recentemente, uma ‘flash mob’ ocorreu em Nova Iorque, no Central Park, onde as pessoas se concentraram a uma hora específica (19h26), cantaram “Natureza, Natureza” durante 20 segundos e dispersaram de seguida. É um exemplo típico desta actividade. Em Agosto a moda chegou à Europa, com concentrações em diversos países, principalmente na Alemanha e no Reino Unido. A primeira ‘flash mob’ em Londres foi numa loja de móveis, onde 200 pessoas entraram e aí permaneceram durante 10 minutos, saindo de seguida, sem dizer uma palavra sequer.
Esta terça-feira começou a ser divulgada por e-mail a convocatória para a primeira ‘flash mob’ portuguesa. Esta iniciativa marca a chegada a Portugal da moda social deste Verão, mas confere-lhe uma certa aura política que não existe nas concentrações até agora realizadas noutros países. A concentração portuguesa está convocada para o próximo dia 15 de Setembro, em frente à Assembleia da República. A multidão deve formar-se, exactamente, às 15h30, dar uma vaia às 15h31, uma salva de palmas às 15h32, um aceno de adeus às 15h33 e dispersar às 15h34. A mecânica da concentração é em tudoi idêntica ao que se pratica ‘lá fora’, mas o local escolhido para a concentração é mais político que o habitual. Seja como for, a moda está aí. E o organizador da primeira ‘flash mob’ portuguesa está já a pensar numa segunda, para Outubro, e aceita inscrições e sugestões para o e-mail [email protected].