6 de novembro de 2003

Há agora uns anúncios, para mim, diferentes dos outros. É claro que um dos primeiros objectivos de toda a publicidade é fazer com que nos identifiquemos com as situações descritas e depois criar desejo, vontade de adquirirmos o que é que anunciem.
Mas agora há uns anúncios que acho extremamente manipuladores. Ou então sou simplesmente eu que sou susceptível demais. Ora… são os anúncios da Optimus e da Vodafone, talvez alguns da Coca-Cola e provavelmente outros dos quais já não me lembro. Falam todos de jovens, num tom nostálgico, com luminosidade de pôr-do-sol, em tempo de verão (também conhecido por muitos como férias) – de amizades, de amor, de alegrias, de despreocupações. Será? Ou só sou eu que imagino?
É um bom marketing. Não sei como é que um telemóvel me vai fazer chegar lá, mas é o princípio mais humano, aquele a que eles se dirigem: à vida – uma vida grande e plena, cheia de amor e de amizade. E não é isso que todos queremos? E tudo incorporado nos mais belos jovens.
Não estou aqui a discutir a publicidade. Estou a verificar um dos mais fortes e brutais desejos humanos. Viver bem. Farto. Pleno. Uns mais poéticos, outros mais materiais…
Ah!, os imortais, os imortais….
(percebe-se?)

6 de novembro de 2003

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