26 de janeiro de 2004
197 minutos. Viver a guerra, perder as senhas de racionamento e sobreviver, viver sem pai, enterrar os mortos.
A maioria não sabe o que tem. Pior, não sabe aquilo que pode perder. Parece cliché, mas é verdade. Já ninguém se lembra dos que lutaram para nos dar a liberdade, para nos dar condições. São poucos os que honram essas pessoas, são poucos os que se apercebem. É pena termos de ter que passar por situações de privação para podermos dar crédito aos que já cá não estão, àquilo que desperdiçámos.
Não é preciso travar-mos guerras para sermos heróis. Basta trazer um sorriso.
Eu só tenho que agradecer. Sei que estarás sempre bem. Boa sorte para os que ficarem.