4 de janeiro de 2004

Há pouco mais de dois anos morreram pouco menos de 3000 pessoas, num ataque a duas torres. Foi chocante. Mediático. Brutal. Senti particularmente aquilo tudo. Fiquei mesmo ferido.
Há pouco mais de uma semana morreram cerca de 40000 pessoas num terramoto. Ah… coitados.
O mundo é estranho.

4 de janeiro de 2004

5 pensamentos em “estranho.

  1. Antonio says:

    É verdade….
    Apresento aqui tb o meu mea culpa pelo sentimento que me invade, mas acho q importa chamar também a atenção para algumas coisas:
    1. A causa, o homem está sempre mais diposto a aceitar a força da natureza do que a força terrível do próprio homem. Não me querendo justificar, tenho q reconheçer q sou impotente perante a força da natureza mas sinto-me revoltado perante a atrocidade dos homens,
    2. Era conhecida a presença de um risco eminente dada a proximidade de uma falha a apenas alguns kilometros, o homem esqueçe-se sempre destas coisas…
    3. A identidade, é um facto q os estados unidos tem um impacto mto próprio naquela q será a “cultura ocidental” com a qual nos identificamos mto de perto, quase como “causa nossa ”
    4. A abragencia mediática dada ao facto pelas razões q todos sabemos…
    No entanto reconheço também q todos estes factores caem por terra quando o q estão em causa são vidas humanas perdidas e q não sei bem pq o atentado de 11 Set teve tb em mim um impacto maior…. e isso é de facto algo q merece pensar acerca de…

  2. Tiago Teles says:

    E morreram 10000 civis no Iraque, e morreram 250000 nos ataques das bombas atómicas no Japão em 1945, e morreram 100000 civis no Vietnam… As pessoas só se sentem chocadas quando olham a morte cara a cara. Os números nada fazem às pessoas

  3. João says:

    O António tem alguma razão no que diz! O factor “homem” causa, também na minha opinião, uma maior revolta quando comparado com o factor “natural”.
    No entanto, e se bem que uma pessoa é uma pessoa, 40 mil são 40 mil…
    Relativamente ao meu caso concreto, custou-me mais os 40 mil mortos no terramoto do que os 3 mil mortos nas torres. E dúvido que não sentissem o mesmo se tivessem levado com a mediatização que tiveram os atentados. E atenção, que eu fui e sou um dos maiores criticos aos atentados.
    Quanto ao que o Teles referiu sobre o passado… já lá vão alguns anos… é natural que já esteja menos nítido quando comparado com acontecidos recentes… E já agora, Teles, quantas crianças e não crianças é que morrem pelo continente Africano, e por todo o mundo, diariamente? E não, não é uma “cabala” americana!

  4. sara says:

    é como dizia o homenzinho ontem no documentário: é claro que sabemos que vamos mesmo envelhecer, adoecer e morrer. mas não sentimos que vamos mesmo envelhecer, adoecer e morrer.

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