17 de junho de 2004
Certo. Todos temos uma bandeira à porta de casa. E isso é mau? Não acho. Pelo contrário. E os motivos?
Os Portugueses geralmente não se juntam em movimentações maciças. É raro. Lembro-me de poucas, no meu tempo de vida. Em algumas mortes, aquando de Timor. E mais? Não sei.
Agora é pelo futebol. Não é que seja necessariamente mau, mas é estranho que pareça que a nacionalidade só está em causa em campeonatos da Europa e do mundo. O pior é que se alguém dissesse para se hastear todos os dias a bandeira nas escolas, ou pô-la dentro das salas de aula, denominá-la-iam de fascista, ou pelo menos de extrema-direita.
Um pouco de patriotismo nunca fez mal a ninguém. Promove a coesão. Mas e quando estamos a ficar sem mar para as pescas? Quando aceitamos que nos retirem cotas de produção agrícola? Quando os nossos infantes têm péssimas classificações nas escolas e ficam atrás do Burkina-Faso nos rankings? Onde é que está a coesão? Onde é que está o brio? Onde é que está o orgulho? E depois diz-se que os americanos são excessivos! Pelo menos são coerentes. Orgulhemo-nos!
Olá,
Quando saímos do 25 de Abril hastear uma bandeira era cena de fascista. Agora não sei o que será. A mim pareceu-me uma cena um pouco “abimbalhada”! O apoio a nós mesmos faz-se com atitudes e não com bandeiras.
Concordo inteiramente com a segunda parte do teu post, quando falas dos problemas associados às imposições a nós mesmos.
Sem duvida que amar a nossa bandeira é patriotismo. E patriotismo é bom. Tenho pena é verificar que somos muito portugueses e muito patriotas só quando toca a futebol. Tenho a certeza que há mais bandeiras nas janelas e taxis portugueses do que votos para o Parlamento Europeu nas urnas. É assim que somos patriotas. Defender e gostar a nossa bandeira por causa só de futebol para mim é futil e vejo isso como algo mau.
E será que hastear uma bandeira pode ser uma atitude?
Hastear uma bandeira, só por si, não vale de nada! 😉 É uma atitude, mas, no mínimo, pouco coerente!