15 de fevereiro de 2005

Um potencial Primeiro-Ministro em campanha deve ser claro e concreto no que diz, deve saber o que quer, de antemão, para o país. Um Primeiro-Ministro com 45% dos votos nas sondagens ainda tem mais responsabilidades. A verdade é que tudo dita que se nada de sobrenatural acontecer, Sócrates será o próximo Primeiro-Ministro e tem a obrigação moral de mostrar mais do que mostra.
A vacuidade do discurso de Sócrates é mais do que óbvia. É escandalosa. Já muitos disseram das caraterísticas alcalinas das suas palavras. Mas o pior é que Sócrates não consegue concretizar nada. Não consegue especificar nada. Não dá um exemplo prático do que quer fazer. E escuda-se em frases como “não podemos antecipar a decisão dos portugueses”. Não é desculpa: a campanha serve exactamente para isso, para prever cenários caso o partido em questão ganha. E para candidato que critica as queixas da pesada herança nada mais faz do que começar as frases com “Porque nos últimos três anos…”

15 de fevereiro de 2005

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