19 de setembro de 2007

[em dívida para com o Carlos]

Depois de uns (muitos) dias, cá vai o primeiro post que ando a prometer a meio mundo. Não sei se a regularidade aumentará mas espero que sim. Entretanto, o aspecto do blog está diferente, já que mudei o motor que o gera e ainda não tive tempo de actualizar o template.
Mas, cá vai o primeiro post sobre a vida neste lado do Atlântico.
Nos primeiros tempos a seguir a cá ter chegado andei ocupado entre actividades de recepção aos novos estudantes, a tratar de papeladas da emigração, inscrições e também de coisas mais mundanas, como abrir contas bancárias, ou comprar almofadas.
Ora, para os mais distraídos, vim fazer um estágio de 5 anos (vulgo, doutoramento) para o MIT, departamento de Engenharia Biológica. De momento estou a viver numa residência para estudantes de pós-graduação, chamada Tang Hall. É numa das pontas do campus universitário, a cerca de dez minutos a pé da zona onde estão localizados os edifícios principais. Até lá chegar, tenho de passar pelos campos desportivos, onde todas as manhãs, bem cedinho, estão os tipos do futebol americano, com as suas carapaças, a dar cargas de ombro nuns bonecos almofadados.
O meu apartamento tem quatro quartos (portanto vivo com mais três indivíduos, um da Califórna, outro de Singapura e da China, embora estes dois já estejam há vários anos nos EUA. Não é mau de todo, excepto o facto de a cozinha ser pequena e só haver uma casa de banho para todos nós. Em contrapartida tenho uma boa vista e é dos sítios mais baratos.


A universidade é uma coisa em grande (como é comum, aqui para estes lados). O campus não é murado, como acontece muitas vezes em Portugal, portanto toda a gente pode andar por aqui. Aliás, há muitos turistas nos edifícios principais a tirar fotografias.

Não digo que as aulas sejam muito diferentes, mas o trabalho adicional é concerteza. Apesar de só estar a fazer três cadeiras (e uns seminários a que tenho de assistir), uma grande parte do tempo fora das salas de aula é dedicado a estudo, leituras, preparação de trabalhos e resolução de problemas para entrega. E começou logo a um ritmo bastante acelerado.
Os meu grupo de colegas parece-me bastante bom. Somos quinze e acho que a grande maioria se dá bastante bem uns com os outros e são colegas de trabalho bastante agradáveis. Embora com uma forte componente de biologia e química, há gente com formação de todo o tipo. Dos quinze, seis somos estrangeiros, embora exceptuando eu todos fizeram as suas licenciaturas já cá nos Estados Unidos.

A adaptação está a correr bastante bem, não só em termos académicos e pessoais, como já disse acima, mas também nos restantes pormenores, como o clima, a adaptação ao sítio, às pessoas, às lojas e aos produtos e por aí em diante. Saudades? Claro. Mas não posso dizer que esteja cá mal.
Há sempre detalhes que fazem alguma diferença, ou confusão, ou apenas são diferentes e realçam por isso, como por exemplo o multibanco que é péssimo, ou as chamadas de telemóvel que se pagam quando se recebe. Há coisas que são exactamente como nos filmes, como os carros enormes, outras não têm nada a ver – não é só gordos! A única coisa que me irrita mesmo bastante é como aqui se come. Não há a instituição do almoço, sentado, com pratos e talheres, com (algum) tempo e comida a sério!






E por agora fico-me por aqui. Vão também dizendo como estão por aí.

19 de setembro de 2007

Um pensamento em “chegado

  1. Carlos says:

    Grande Camarada…
    Estou a ver que a missao esta a correr como previsto, esta tudo a correr bem e daqui a uns tempos teras o resto do comando ai ctg para tomar de assalto o MIT hehe
    Afinal o teu quarto e como nos filmes hehe obg pelas fotos 😉
    Grande Abraço e até a proxima transmissao…

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