5 de dezembro de 2013
O arando-vermelho – que nunca tinha provado antes de vir aos EUA, e que aqui se chama cranberry – é uma baga ácida, não muito agradável de se comer sem ser em compotas ou outros doces. No entanto, o processo de cultivo e colheita é interessante.
As bagas são geradas por uns arbustos – tecnicamente são caméfitos – rasteiros e pouco rígidos, pelo que a apanha, quando não manual, é com umas máquinas com uns pentes que abanam as plantas até o fruto cair e depois as apanham. O processo é moroso e requer que o solo esteja bastante horizontal e pouco acidentado, para evitar que o pente esteja muito alto ou desenraíze as plantas. Um outro método recorre à criação de pauis artificiais em que se plantam os arbustos. Cada paul é inundado na altura da colheita e são utilizadas alfaias agrícolas, novamente com pentes, que agitam os arbustos e arrancam as bagas. Estas, menos densas que a água, flutuam. Assim tornam-se mais fáceis de recolher.
Como as bagas são muitas, o paul recobre-se dum manto vermelho vivo e as cores geradas criam um efeito verdadeiramente belo.