16 de dezembro de 2008

O empresário de Santa Marta de Portuzelo, proprietário do Restaurante Camelo, concretizou em Setembro o sonho de se chamar Camelo e espera agora, ansiosamente, a chegada do seu cartão de cidadão onde já constará o insólito apelido.
“Desde 17 de Setembro que já sou um verdadeiro Camelo”, disse, com orgulho e humor, aquele empresário, de 65 anos de idade. Até aqui, chamava-se apenas António Martins da Rocha, mas a partir de agora, após um processo burocrático que durou mais de oito meses e que lhe custou 1300 euros, já assina António Martins da Rocha Camelo.
“Eu estava na Feira da Gastronomia de Santarém quando fui notificado que o Ministério da Justiça tinha ratificado o meu novo apelido. Fiquei tão contente que vim logo a Viana do Castelo, pedir a minha certidão de Camelo”, conta. Terminada aquela feira, António Camelo, que é empresário da restauração, voltou à conservatória, desta vez para pedir o cartão de cidadão, que junta num só vários documentos de identificação.
“Pedi-o a 5 de Novembro mas ainda não chegou. Vou lá praticamente todos os dias porque não vejo a hora de ter em mãos o meu verdadeiro ‘atestado’ de Camelo”, acrescenta. Até porque, como refere, com graça, este é um apelido que tem a virtude de transformar um eventual insulto numa “cordial” saudação.
“Imagine que eu vou a conduzir, faço uma manobra perigosa e alguém do lado me grita ‘camelo’. Em vez de ficar ofendido, eu limito-me a cumprimentá-lo também”, explica. O apelido pode, no entanto, dar lugar a algumas ambiguidades e a algumas dúvidas.
“Um cliente vem almoçar ao meu restaurante e no final despede-se com um ‘grande camelo’. Eu fico sem saber se ele quer dizer que ficou satisfeito com a qualidade da refeição ou se me está a insultar de mansinho por causa do preço”, ironiza ainda.
António Martins da Rocha nasceu a 15 de Fevereiro de 1943, mas os pais foram “terminantemente proibidos” por um padre amigo da família de o registar como Camelo, que era o último apelido da mãe. “O padre disse que era preciso acabar com a raça dos Camelos. E o meu pai cumpriu, porque nesse tempo os padres tinham muito poder”, afirma.
Mais tarde, e já sem quaisquer pressões do clero, António Rocha acabou por cometer “o erro da sua vida”, ao não dar o apelido de Camelo aos seus dois filhos. “Aí sim, aí é que eu fui um grande camelo”, salienta. No entanto, já conseguiu “meter” o apelido nos nomes das duas netas e confessa que os próprios filhos estarão também dispostos a seguir-lhe as pisadas, para reconstruir assim “uma grande família de Camelos” em Santa Marta de Portuzelo.
O fascínio de António Rocha pelo apelido é de tal forma forte que, quando abriu uma unidade de restauração, há 25 anos, não hesitou “nem um segundo” na escolha do nome: Restaurante Camelo.
Este restaurante foi palco, de uma grande festa da família Camelo, que reuniu cerca de 60 pessoas, para assinalar a entrada de mais um membro para o “clã”.
Entretanto, o empresário espera pela prenda mais desejada: um verdadeiro animal de duas bossas que comprou no Senegal, por 3750 euros, e que viajará para Portugal de avião.
in Falcão do Minho

Se nunca fostes ao Camelo (o restaurante), ide.

16 de dezembro de 2008

13 de dezembro de 2008

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Tinha-se-me acabado a Couto há uns dias quando de repente me cai na caixa do correio a encomenda da fotografia acima. Caído na caixa de correio é claramente uma força de expressão, porque, como se pode ver acima, as dimensões são proibitivas. Até foi bom, porque havia na caixa chocolates; por baixo da nossa caixa de correio há um aquecedor que mantém a temperatura lá dentro um tanto ou quanto elevada (o objectivo não é, obviamente, esse). Assim evitou-se que os chocolates derretessem.
Na caixa vinha muito mais. Além de autocolantes provocatórios acerca dos meus ódios políticos de estimação vieram bons pedaços de bacalhau, chouriço, chocolataria vária da fábrica A Vianense, sabonetes, chá, azeite, vinho do Porto e mais, como podem ver na fotografia abaixo.
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A acção foi uma intervenção de emergência do Comando Toril, na sequência de alusões e rumores (falsos) a uma possível quebra do espírito identitário e patriótico. Asseguro-vos, meus caros, que isso não está a acontecer, caralho! Ainda assim, agradeço a parafernália gastronómico-cultural, que muito me apraz e certamente vai trazer, ao longo do extenso período necessário ao seu consumo, muitas e variadas recordações.
Obrigado malta!

13 de dezembro de 2008

12 de dezembro de 2008

O nosso primeiro-ministro disse que a vida iria melhorar já que os preços iam descer. Mais uma vez, a Espanha ganha-nos.

12 de dezembro de 2008

12 de dezembro de 2008

“Hoje vamos votar e discutir coisas importantíssimas, como o Estatuto Político-Administrativo dos Açores”, afirmou a deputada [do PS, Marta Rebelo], apesar de hoje não constar da agenda qualquer discussão sobre o Estatuto dos Açores.
in Público

12 de dezembro de 2008

12 de dezembro de 2008

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12 de dezembro de 2008

12 de dezembro de 2008

Às vezes é-me completamente impossível dizer se a pessoa é bestialmente genial, ou simplesmente muito parva.

12 de dezembro de 2008

9 de dezembro de 2008

A casa de minha mãe tem quadros no tecto e, nalguns sítios, duas camadas de tapetes.
Não conheço mais nenhuma assim.
PS: Experimentem pendurar quadros no tecto; é que a técnica normal não dá.

9 de dezembro de 2008

9 de dezembro de 2008

Eu acho que as manifestações dos professores são boa coisa. É que da mesma forma que a substituição de Correia de Campos acabou imediatamente com os putos a irem nascer para Badajoz e malta a morrer nas ambulâncias, os professores nas ruas acabaram com os assaltos às ourivesarias e bombas de gasolina, bem como pararam os tiroteios entre os ciganos e os pretos na quinta da Fonte. Com sorte, foram os professores na rua que evitaram a violência na noite do Porto e prenderam o Bruno Pidá (confesso que esta última frase foi só para dizer Pidá). Só que desta vez, o Primeiro Ministro não teve de trocar um membro do governo, só bastou inventar uma data de formulários.

9 de dezembro de 2008

6 de dezembro de 2008

6 de dezembro de 2008

6 de dezembro de 2008

Studs Terkel foi um radialista americano que passou a sua carreira a conversar com a América e a registar as vidas de muitos dos seus concidadãos ao longo do século XX. O seu acervo é extraordinário e aqui fica um excerto, recolocado no ar pouco depois da sua morte, pelo This American Life da Chicago Public Radio.
Trata-se do relato de vários sobreviventes da grande depressão. Vale muito a pena ouvir. E já agora, devo dizer, também um excelente exemplo do que é rádio falada.
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Who Do You Think You Are.mp3 (15092 kB | 32:10)

6 de dezembro de 2008

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