13 de outubro de 2008

Parece que a vantagem de Obama é agora maior que nunca. Por certo a crise financeira tem dado uma ajuda, assim como o desvanecer do deslumbramento inicial em torno de Palin.
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Vamos ver se a coisa não descamba até 4 de Novembro. Entretanto fica aqui um video da américa assustadora (muito embora o entrevistador também não seja grande espingarda):

13 de outubro de 2008

12 de outubro de 2008

vou parafrasear o Lewis Black, que me foi apresentado pelo Luís:

(…) We’ve got an educational system that’s in the shitter, we’ve got a war going on, there’s on thing after another, and what did our President think was important? Queers. That’s what’s important! That somehow, if we could stop the gays from getting married, everything else would turn out just fine! Everything would change – there’d be solar energy! The Sunni’s and the Shiite’s would lay down their arms: “He stopped the Queers! I love you too.”
in Red, White and Screwed

E tenho dito.

12 de outubro de 2008

8 de outubro de 2008

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Não é que seja um grande consumidor de marcas, muito menos no que ao que a roupa diz respeito, mas a notícia deste artigo deixa uma certa pena, talvez nostálgica, mais que o problema que é sempr, uma empresa fechar.

8 de outubro de 2008

7 de outubro de 2008

“Narratives of how ‘God blessed me with my first house despite my credit’ were common.

Geralmente tende-se a dizer que as pessoas recorrem mais a Deus e à religião em momentos difíceis, de crise. Este artigo, verdadeiramente assustador, mostra como há quem possa, mesmo em tempos de bonança, deturpar uma mensagem que se quer boa e decente.

7 de outubro de 2008

1 de outubro de 2008

Já ando há uns tempos, desde que voltei de férias, para escrever, para dizer o que ando a fazer. Seja aqui, seja em tantos emails que devo a tanta gente. Hão-de chegar, não sei bem quando.
Ora, como muitos saberão, a Elsa veio-me fazer companhia a este lado. Também aproveitei para sair do dormitório com nome de sumo e agora estamos no coração de Boston. Qualquer dia falo mais sobre a área, mas para já, podem-na ver aqui:

Como vinha dum dormitório mobilado, não tinha nada, portanto a primeira a coisa a fazer foi comprar móveis. Mas até eles chegarem…








Sim, eu sei, falta a casa de banho. Mas por agora é tudo.

1 de outubro de 2008

14 de setembro de 2008

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De volta. Já há uns tempos, eu sei, mas a vida tem dado pouco espaço. Dentro em breve digo coisas. Mas está tudo bem, obrigado.

14 de setembro de 2008

3 de agosto de 2008

Há pequenas coisas, aqui, de que gosto muito, como do copo de água fresquinha sempre na mesa, de que falou o Pedro, aqui. Mas há outras que são verdadeiramente irritantes. Lembrei-me duma delas depois de ler este post. Aqui o caso não é acharem que o cliente é ladrão, mas sim atrasado mental.
A situação mais comum prende-se com a carne mal-passada nos restaurantes. Eu, que salvo raras excepções acho que carne bem-passada é um atentado ao animal sacrificado, sempre que como um bife, peço que ele venha muito mal passado. Estou consciente dos riscos que existem e, caso não estivesse, pelo menos aqui no estado do Massachusetts, não há ementa que não avise que comer carne ou peixe crus ou mal-passados é perigoso e que o comensal incorre no risco de contrair doenças. Assim avisam os clientes e livram-se de potenciais processos motivados por gastroenterites e maleitas afins.
Assim, sempre que peço o bife, peço-o muito mal passada. Na grande maioria dos casos não me livro dum esgar desdenho-enojado enquanto assentam o pedido. Geralmente o bife vem, para os meus padrões, médio. Em alguns restaurantes que não estranham a prática, o bife vem quase cru. O problema é que à partida nunca sabemos que tipo de restaurante é e, geralmente, a maioria é dos que não gosta de servir carne mal-passada. Ainda assim, penso que o risco vale a pena.
No entanto, o olhar sobranceiro não é o pior. Em alguns casos, os empregados decidem tratar os clientes como mentecaptos e embarcam na filosofia do no fundo, no fundo, o cliente não quer o que está a pedir e eu tenho a obrigação moral de lhe fornecer o que é melhor para ele, que realmente, se ele soubesse, era aquilo que iria pedir. Geralmente a reacção é motivada por avanços anti-establishment, mas por vezes é genuinamente fruto duma qualquer necessidade de afirmação moral e paternalista.
Ora, há dias, num dos estabelecimentos da mui franchisada Subway, pedi uma footlong, entre cujos ingredientes se contavam pedaços de galinha. A fila era longa, portanto quando fiz o pedido, já tinha esperado um bom pedaço. Assim, para poupar mais espera e como costumam tostar um pouco a sanduíche para derreter o queijo, pedi para saltar o passo em que a senhora põe a galinha no microondas antes de a enfiar no pão. Há que dizer que a galinha vem do frigorífico, é verdade, mas já pré-processada e portanto não está crua, ou seja, o microondas não cozinha nada, só aquece. Além disso, tenho alguns gostos culinários pouco ortodoxos, em que um pedaço de carne fria no meio de pão quente é algo que até posso achar piada.
No momento em que fiz aquele pedido à senhora, como se diz por estes lados all hell broke loose. Começou com o já referido esgar desdenho-enojado seguido, de, “mas, mas não quer que aqueça?” Eu reafirmei as minhas intenções. Nisto a técnica de processamento de sanduíches começou a conversar com os demais colegas, em tom baixo, mas a olhar para mim – só faltou apontar. Muito burburinho, trechos de conversa que incluiam “ele não quer que aqueça“, “frio“, “cru“. Eu lá estava, como ave-rara, a ser fulminado pelos olhares dos empregados. Lá congeminaram uma estratégia destinada a minimizar a inépcia que tenho para controlar a minha própria vida. Assim, quando a sanduíche foi a tostar, prolongaram o tempo que a dita passou no forno. Quando me chegou às mãos, vinha mais escura e tostada que o normal – até nem estava nada mal, – mas penso que o mais importante para eles foi terem completado aquela missão com a sensação de que, talvez, por sorte, até tenham conseguido evitar que a alma daquele pobre pecador tenha caído nas garras dos demónios da carne crua.

3 de agosto de 2008

2 de agosto de 2008

Uma das (muitas) coisas estranhas no MIT é o turismo. Há centenas de pessoas por dia aí visitá-lo. Há visitas guiadas, excursões e muitas sessões fotográficas. É um pouco estranho ter pessoas aí visitarem o sítio onde trabalhamos. Uma pessoa passa aí compreender o que sentem os habitantes da Aldeia dos Macacos. E japoneses são aos magotes.
Eu trabalho no Media Lab um espaço ainda mais propício aí este tipo de coisas, pelas maluqueiras, geralmente mediaticas, que lá se fazem. Ainda para mais o espaço é propositadamente aberto para que possa ser visitado (com excepção do meu laboratório eu mais uns poucos).
Mas não há dúvida que aqui se respira um certo peso da história, se é que os pesos se respiram, coisa que nem sempre é fácil de sentir por estes lados.

2 de agosto de 2008

1 de agosto de 2008

Aqui, na zona de Boston/Cambridge ainda não vi um cocó de cão na rua. Com efeito, não vi nenhum tipo de cagalhoto, mole ou rígido, castanho escuro, ou mais para o amarelado. Não é que isso seja mau, mas por mais cuidados que sejam os donos, em Portugal há sempre qualquer coisita para podermos ziguezaguear no passeio. Pensando bem, ainda não vi um cão sem trela a deambular sozinho, seja ele vadio ou com dono.
No fundo, no fundo isto não tem grande importância e apenas escrevi estra entrada porque no outro dia, quando ia de bicicleta, pareceu-me ver um cocó de cão na rua e pensei para mim: — olha um cagalhoto, — e o mais curioso foi a palavra em si, que não usava há uns largos anos. Afinal não era, era só um pedaço de cartão.
Lembrei-me também d’O Homem Que Copiava.

1 de agosto de 2008

30 de julho de 2008

No outro dia, a propósito de uma pergunta que eu fiz sobre a razão da existência da pink lemonade, um colega lá do laboratório saiu-se com esta: — “Sim, porque as laranjas também não são côr-de-laranja, são pintadas“. A princípio pensávamos que o homem estava na reinação. Afinal não. Estamos a falar dum doutorado em bioquímica.
Há erros legítimos que vêm de longe, no entanto, este é extraordinário. Escusado será dizer que deu para rir a bandeiras despregadas. No entanto, a história têm algo de verídico. Após deambulações pela net dei de caras com o antigo costume de se pintar laranjas. Ao que parece nos dias de hoje é proibido, no entanto antigamente servia para dar côr às laranjas que crescem em determinados sítios, onde o calor não é suficiente para fazer com que a coloração alaranjada tome lugar. E esta, hein?

30 de julho de 2008

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