23 de outubro de 2007

Como devem ter reparado, as coisas aqui no blog mudaram um bocado de aspecto e ficou sem o template anterior, desenhado por mim. Isto aconteceu porque o motor do blog foi actualizado e os templates têm de ser alterados, coisa que ainda não tive tempo para fazer. Este que está, não é mau de todo e vai ter de dar, para já, porque não há tempo para mais. Outra coisa que também mudou foi os comentários que, peço desculpa, pedem para se registarem, mas é uma boa alternativa às palavras-código que se tem de inserir nalguns blogs, porque só se faz uma vez e assim consegue-se evitar a praga do spam.


Espero que todos os que por aqui passam estejam bem!

23 de outubro de 2007

18 de outubro de 2007

Como? O Criacionismo como negação de Deus? Mas não é precisamente o contrário?

Segundo a definição da Wikipedia, o criacionismo é uma doutrina que advoga que a complexidade dos sistemas vivos é de tal forma grande e imcompreensível, que é impossível que o estágio actual da vida na Terra tenha sido alcançado por mero fruto do acaso. Não há maneira de interacções e combinações aleatórias tornarem elementos simples, como átomos e moléculas, em sistemas complexos, como os seres humanos, mesmo actuando ao longo de muitos milénios. Assim renegam a teoria da Evolução de Darwin, apontando Deus como o único interveniente possível para a concepção deste mundo tão complexo e, politiquices ao meio, pretendem que o Criacionismo seja tratado pela Ciência em pé de igualdade com a Evolução. 

Desta segunda temática não vou sequer falar, porque simplesmente não faz sentido obrigar a ciência a ter de sequer considerar um tema que não lhe diz respeito. A ciência debruça-se sobre temas que podem ser validados (ou vir a ser validados) segundo o método científico e dizer que por magia ou por intervenção superior as coisas tal como elas são agora apareceram assim, de repente, não é, para já, algo que sequer se imagine que seja possível englobar no método científico, ainda que eventualmente verdadeiro.

A minha questão prende-se com a visão redutora da intervenção divina que os criacionistas têm. Ao afirmarem que a Natureza é de tal modo complexa para ter evoluido, i.e., alcançar por si só, sem intervenção externa, este estágio que agora conhecemos, os criacionistas negam ao próprio Deus a possibilidade de Ele ter criado um sistema verdadeiramente elementar, mas com regras e características tão bem feitas que permitem que a evolução exista. Ou seja, se Deus existir mesmo e se eventualmente tiver criado um universo que evoluiu por si próprio desde o Big Bang até aos dias de hoje, os criacionistas recusam-se a acreditar nesse Deus. Não são eles que dizem que as coisas mais bem desenhadas têm de ser criadas por Deus? Que tal um Universo tão bem, mas tão bem desenhado que evolui sozinho, que nem Deus toca nele?

Ao menos a ciência ainda pensa nesta hipótese… Voltarei a este assunto.

18 de outubro de 2007

16 de outubro de 2007

4parents.png

Tenho escrito pouca coisa ultimamente, por estes lados. Algum trabalho… 

Deste lado há várias coisas que são diferentes, claro, mas ainda não tinha encontrado nada de verdadeira mente chocante (com excepção das gôndolas no rio em Providence, de que um dia falarei). Mas hoje, na televisão, deu um anúncio que acabava com a imagem à esquerda: 

   “Success comes to those kids who wait to have sex”. 

O anúncio apresenta uma dezena de criancinhas a pedir aos pais que lhes falem sobre sexo, a pedir para lhes dizerem sobre como devem esperar até estarem casados e a dizerem como vão reagir mal quando ouvirem isso, mas que no fundo vão interiorizar a mensagem.

Que grande estupidez! Especialmente a punch line. O curioso é que no fim vem um link: www.4parents.gov, e o link acaba em .gov. Uma espécie de “Novas Oportunidades” do governo Bush.

Este é o tipo de coisas que amarra ainda bastante a maneira de muitos americanos pensarem. É uma direita conservadora forte aliada a uma religiosidade um tanto ou quanto exagerada. Nesse aspecto Portugal – e o que conheço do resto da Europa – é uma sociedade bem mais secularizada. E ainda bem, seja-se ou não religioso.

O vídeo pode ser visto aqui.

16 de outubro de 2007

4 de outubro de 2007

4 de outubro de 2007

27 de setembro de 2007

Transcrevo estas duas frases de Pedro Mexia que achei sinteticamente brilhantes.


“O meu sonho é ser um dia como a selecção portuguesa de râguebi: perder todos os jogos (…) mas ser unanimemente tratado como se os tivesse ganho. O meu sonho é afinal o sonho português por excelência: a vitória moral.”



27 de setembro de 2007

26 de setembro de 2007

No passado Domingo, 16, houve (mais uma das) iniciativas de recepção aos caloiros. Não é que tenha ido a muitas, mas esta fui com muito prazer! Foi uma hiking trip às White Mountains no estado de New Hampshire. Foi um passeio de cerca de 14km no meio da floresta e com a subida ao pico North Kinsman. Foi muito agradável e recomenda-se! Ficam algumas fotos (podem carregar e ver mais no álbum do Picasa). Algumas faziam lembrar Lothlórien.

 

26 de setembro de 2007

22 de setembro de 2007

Já tinha pensado no assunto: nós, os licenciados pré-Bolonha, seremos promovidos à nova categoria, ou ficaremos para todo o sempre conhecidos como possuidores de Licenciatura de 5 anos? Hoje tive a resposta; segundo a UTL tenho um mestrado integrado! 


Francisco Delgado, com um Mestrado Integrado em Engenharia Física Tecnológica do Instituto Superior Técnico, vai fazer um Doutoramento em Engenharia Biológica no Massachusetts Institute of Technology – MIT.

Agora dúvido que se pedir o papel, eles mo dêem…

22 de setembro de 2007

21 de setembro de 2007

Não vou dizer que isto aqui é só maravilhas, nem o contrário. Ainda não faz um mês que cá estou. No entanto, nunca tinha recebido um email de um professor que terminasse assim:

(…) and gratifying to have the opportunity to help teach you.

nota: o “you” é plural e dirigido a muitos outros!

21 de setembro de 2007

19 de setembro de 2007

[em dívida para com o Carlos]

Depois de uns (muitos) dias, cá vai o primeiro post que ando a prometer a meio mundo. Não sei se a regularidade aumentará mas espero que sim. Entretanto, o aspecto do blog está diferente, já que mudei o motor que o gera e ainda não tive tempo de actualizar o template.
Mas, cá vai o primeiro post sobre a vida neste lado do Atlântico.
Nos primeiros tempos a seguir a cá ter chegado andei ocupado entre actividades de recepção aos novos estudantes, a tratar de papeladas da emigração, inscrições e também de coisas mais mundanas, como abrir contas bancárias, ou comprar almofadas.
Ora, para os mais distraídos, vim fazer um estágio de 5 anos (vulgo, doutoramento) para o MIT, departamento de Engenharia Biológica. De momento estou a viver numa residência para estudantes de pós-graduação, chamada Tang Hall. É numa das pontas do campus universitário, a cerca de dez minutos a pé da zona onde estão localizados os edifícios principais. Até lá chegar, tenho de passar pelos campos desportivos, onde todas as manhãs, bem cedinho, estão os tipos do futebol americano, com as suas carapaças, a dar cargas de ombro nuns bonecos almofadados.
O meu apartamento tem quatro quartos (portanto vivo com mais três indivíduos, um da Califórna, outro de Singapura e da China, embora estes dois já estejam há vários anos nos EUA. Não é mau de todo, excepto o facto de a cozinha ser pequena e só haver uma casa de banho para todos nós. Em contrapartida tenho uma boa vista e é dos sítios mais baratos.


A universidade é uma coisa em grande (como é comum, aqui para estes lados). O campus não é murado, como acontece muitas vezes em Portugal, portanto toda a gente pode andar por aqui. Aliás, há muitos turistas nos edifícios principais a tirar fotografias.

Não digo que as aulas sejam muito diferentes, mas o trabalho adicional é concerteza. Apesar de só estar a fazer três cadeiras (e uns seminários a que tenho de assistir), uma grande parte do tempo fora das salas de aula é dedicado a estudo, leituras, preparação de trabalhos e resolução de problemas para entrega. E começou logo a um ritmo bastante acelerado.
Os meu grupo de colegas parece-me bastante bom. Somos quinze e acho que a grande maioria se dá bastante bem uns com os outros e são colegas de trabalho bastante agradáveis. Embora com uma forte componente de biologia e química, há gente com formação de todo o tipo. Dos quinze, seis somos estrangeiros, embora exceptuando eu todos fizeram as suas licenciaturas já cá nos Estados Unidos.

A adaptação está a correr bastante bem, não só em termos académicos e pessoais, como já disse acima, mas também nos restantes pormenores, como o clima, a adaptação ao sítio, às pessoas, às lojas e aos produtos e por aí em diante. Saudades? Claro. Mas não posso dizer que esteja cá mal.
Há sempre detalhes que fazem alguma diferença, ou confusão, ou apenas são diferentes e realçam por isso, como por exemplo o multibanco que é péssimo, ou as chamadas de telemóvel que se pagam quando se recebe. Há coisas que são exactamente como nos filmes, como os carros enormes, outras não têm nada a ver – não é só gordos! A única coisa que me irrita mesmo bastante é como aqui se come. Não há a instituição do almoço, sentado, com pratos e talheres, com (algum) tempo e comida a sério!






E por agora fico-me por aqui. Vão também dizendo como estão por aí.

19 de setembro de 2007

27 de agosto de 2007


Só para dizer que cheguei bem, já estou instalado e em breve digo qualquer coisa com mais substrato.

27 de agosto de 2007

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