13 de julho de 2003
Todos sabem que as tentativas de implementação de utopias no mundo real acabaram invariavelmente mal. O mais flagrante dos exemplos será o Comunismo, que em teoria é muito bonito. A utopia é, por definição, utópica, portanto qualquer um que se dedique a tentar criá-la falhará rotundamente. E é por isso que o mundo não é perfeito; e é por isso que só sistemas não utópicos é que funcionam.
Deixaremos então a utopia para a literatura? Eu defendo que quase todas as ideias utopicamente boas têm um papel fundamental na nossa construção como sociedade simbiótica. O que quero dizer é que apesar de as utopias serem irrealizáveis, todos nós somos melhores seres humanos se vivermos as nossas vidas e construirmos os nossos objectivos tendo como ideal subjacente uma utopia, nunca esquecendo que ela é o que é, e portanto, utópica. São sonhos pensados, cujo objectivo é ajudar a traçar caminhos, a elevar padrões e cuja existência, deve ter-se sempre presente, é volátil.