22 de agosto de 2003

Numa breve interrupção de férias, tenho que dizer o seguinte: apesar de não ser única na minha família a morte do meu pai foi aquela que mais me impressionou, mas não é disso que falarei. A seguir a essa houve duas mortes que também me impressionaram muito. Não foram de familiares, nem de conhecidos, mas de pessoas que só ouvira falar delas nas televisões e jornais. Foram Ytzak Rabin e Sérgio Vieira de Mello. Não sei porquê (a de Rabin ocorreu quando eu era ainda bastante jovem), mas senti-as como se fossem de grandes amigos meus, alguém de que precisava muito – eu e o mundo. E é por isso que tenho pena; não dos mortos, que esses não precisam que os chorem, mas pena de um mundo, cujos habitantes não conseguem conservar no seu seio aqueles que verdadeiramente merecem viver.

22 de agosto de 2003

2 pensamentos em “mortos

  1. Rui says:

    Ora nem mais. Concordo absolutamente ctg. E ultimamente estamos a perder pessoas dessa índole em dose acelerada.

  2. pensoeudeque says:

    Gostei da aparência do teu blog. Ficou nice! Very well!

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