10 de fevereiro de 2005

Está em curso um grave movimento de degradação da sanidade mental masculina. É sobejamente conhecida a posição do macho sobre o período habitualmente conhecido como o Verão; aparte das Férias, do Sol, da praia, dos Morangos com Açúcar – Férias de Verão e das filas para a Caparica, o que mais importa é, sem margem para dúvidas, a diminuição progressiva da taxa de cobertura da tez feminina. Resumindo: as raparigas andam com menos roupa. Daí advém os já conhecidos efeitos sobre o homem, condensados na frase, em tom de comentário com destinatário não especificado:

(…) Depois não te queixes que foste violada.

Ora é certo e sabido que de há uns não muito extensos tempos para cá, as matrafonas decidiram não olhar às estações do ano. Barrigas à mostra são mais que comuns em era pré-glacial. Meus amigos, há qualquer coisa de estranho. Há certas meninas que inclusivamente andam vestidas da mesmíssima forma estival, cobrindo-se depois com um mísero casaquinho com a espessura de um esquilo atropelado. Isto está a trazer grandes problemas à sempre esquecida comunidade masculina. É que, francamente:

    Ninguém acredita que não têm frio;

  • Tratam-nos aos homens como objectos sexuais;
  • Devem estar a morrer de frio;
  • Tiram-nos o gozo todo da espera pelo Verão; e se mesmo assim tivera de ser, então andassem de bikinis;
  • Mau mesmo deve ser aquelas aragens gélidas que sobem camisola adentro;
  • Por último: há quem devia ser proibido de mostrar a barriga.

Minhas senhoras, in navis administratione alia in secundam, alia in adversam tempestatem usui sunt [Tito Lívio, Ab Urbe Condita 34.6].

10 de fevereiro de 2005

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