19 de fevereiro de 2005

Finalmente decidi-me em quem votar.
Apesar da minha apetência conhecida e tradicional pelo PS, como já disse, nunca antes votei PS. E isso foi sobretudo pelo facto de que não me agrada votar em quem não gosto pessoalmente por questões de competência, carácter e de historial.
Ora a verdade é que não gosto do eng. José Sócrates e embora seja a favor dum plano tecnológico considero que o que nos foi revelado é muito vago nos aspectos consensuais e não prima pela originalidade. Ora, como sabemos, o governo não é só o eng. José Sócrates, há a sua equipa por trás. Não gosto desta opção. Gosto de saber que vamos ter um líder como deve ser. Mas à falta de melhor…
A questão é que o PSD já mostrou que não tem um líder de jeito e a equipa deixa muito a desejar. Efectivamente o PP demarcou-se da incompetência governativa e a ´apresentação de governo´ santanista, na senda crítica de Guterres, traz Proença de Carvalho e Carlos Pimenta. Durão abandonou-nos. Prometeu uma política séria (que estava a pôr em prática, discorde-se do conteúdo ou não) e foi pouco sério na forma como acabou por nos tratar a todos. Metade do PSD (se não fôr mais) não acredita no projecto actual do seu próprio partido. Isto tudo a juntar à alergia que tenho ao dr. Santana Lopes.
Quanto a votar no CDS. Bem não é a minha côr. Acredito que têm algumas pessoas competentes e gosto de algumas das ideias, foram os que fizeram a melhor campanha, no global. Mas será que há hipótese de o CDS governar com o PS? Seriamente duvido.
Quanto aos restantes de esquerda, CDU e BE. Poderíamos pensar que a tendo a esquerda maioria, mesmo com o PS em maioria relativa, as políticas deste iriam para a frente. Mas eu acho que estes partidos travarão sempre qualquer reforma mais à direita, incluindo a de diminuição do peso do estado. Note-se… eu não sei se o PS fará estas reformas. Eu gostava… (porque ainda há este problema).
Resumindo eu voto PS não por serem os que eu gosto verdadeiramente, mas por duas razões:
– correr com o PSD do dr. Santana Lopes daqui para fora e se possível, com o bónus de poder acabar com a sua carreira política
– porque o PS é o único que tem hipótese de vencer e trazer uma verdadeira estabilidade.
Agora resta que mesmo vencendo com maioria, o PS trabalhe e bem.

19 de fevereiro de 2005

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