25 de maio de 2009

Têm sido uns dias com pouco tempo para me dedicar à escrita por estes lado e, em jeito de sumário, aqui vão alguns pensamentos sobre o que se tem passado.
Obama
A campanha já foi e o Presidente depara-se agora para confrontar as suas promessas. Houve agora duas polémicas relativamente ao que herdou de Bush no domínio da política internacional. Enquanto compreendo a posição de proibir a exibição das fotografias dos maus tratos infligidos por soldados americanos – o que está feito, está feito e não é, por esta altura, nenhum segredo, – não consigo compreender totalmente a reversão nas comissões de julgamento dos presos de Guantanamo. Não sei se se trata da única manobra política possível, uma vez que o próprio Senado Democrático se virou contra o plano de Obama, mas a verdade é que deveria ter sido maior os esforço para enquadrar os presos no sistema legal civíl ou militar.
Os partidos e os financiamento
Não sou contra o aumento do financiamento em si mesmo, apesar, mas que seja feito sem mecanismos que permitam a transparência e a associação a contribuintes reais (aqueles que não os Jacintos Leites deste país) é de bradar aos céus. E pelos vistos, fazem-nos em coro.
A “professora”
Só disse barbaridades. E sim, é mau andar-se a discutir a sexualidade e a virgindade (a não ser que a aula seja sobre Isabel I de Inglaterra, já que é professora de história) da forma labrega que aquela senhora fez. Mas o que mais me chocou naquela conversa toda foi a forma como a professora se dirigiu às mães das alunas. Podia ter dito que eram mal-educadas, que não eram corteses no trato, que não respeitavam a professora ou até que incitavam as suas filhas a serem impróprias. No entanto escolheu dizer que as referidas senhoras, por não terem mais que o décimo segundo ano, ao contrário dela própria, que é licenciada e mestre, estão abaixo da sua condição.
Uma professora que diz isto, não sabe para que serve a educação, portanto não tem consciência do que é o seu próprio trabalho. Obviamente não sou contra a educação, pelo contrário. Mas há que respeitar aqueles que não puderam prosseguir estudos, pelas demais vicissitudes da vida, bem como os que optam não prosseguir esses mesmos estudos, ora porque não lhes interessa, ora porque optam por profissões que não requerem esse tipo de qualificações, profissões essas que não só são dignas e válidas, como necessárias à sociedade.
A professora deliberadamente humilhou as mães das alunas, que já por si é uma prática dúbia, quando praticada por professores relativamente aos alunos, e usando um motivo que em nada tem de humilhante. A professora revelou sofrer da “doutorite”, sendo claro que não sabe qual é o objectivo último de um diploma, ou pior, em termos gerais, da educação. Costuma dizer-se que é em momentos de tensão que o melhor e o pior de nós vem ao de cima. Aqui viu-se a fibra da professora. Temo, infelizmente, que não seja a única.
Uma nota para os senhores jornalistas que não ponderam as declarações de alunos com dezanove anos, membros de turmas cujas as idades normais são dos treze aos quinze anos.

25 de maio de 2009

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