Os portugueses em geral não são maus a falar inglês. Há alguns pormenores, tipo “Ai sink mai auze is naice”. Em geral não fazemos má figura. E no entanto há uma vogal de estimação que adoramos trucidar. Não sei bem porquê. Nem os britânicos, nem os americanos o fazem. Por alguma razão, adoramos transformar «a» em «é».
Os produtos da Apple sofrem bastante. Exemplo:
– Comprei um Méc e um aiPéd e fui logo comprar aplicações na Épp Store!
A própria marca em si tem uma entoação ligeiramente diferente: Eipple. O «a» passa a ser «ei».
Não. É um «a». Aberto. Como bolacha. Não é bolécha, nem boleicha.
Mas não é só com os guédgets da Eipple. No browser, para voltar à página anterior clica-se no béck, procuram-se indicações no Google Méps, quem faz surf diz que o mar está flét, e claro, os labradores são de cor bléck.
Conterrâneos, vamos lá parar. Causa-me espécie. Obrigado.
Agora fiquei baralhada…sempre achei que o som “é” fosse inglês/americano e o “a” irlandês/australiano…mas agora…fazendo um rewind na memória em filmes de fato há uma actriz inglesa que fala com “a”…
Então também fica a pergunta…
Eu frequentei o Cambridge e não me lembro de alguma vez nos terem rectificado no som…porquê?
Há, certamente, diferenças, mas o “é” muito aberto e pronunciado como se tende a fazer em Portugal não é uma delas.
Acho que deveria ir ao Cambridge ajustar contas! : )