July 30, 2014

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July 30, 2014

8 thoughts on “(Português) Ciência portuguesa: tentando
o ponto da situação

  1. RB says:

    Muitos parabéns pelo artigo! Gostaria de saber quais são as fontes para as figuras 1 – 4 ou de onde foram retirados os dados (porque não há dados sobre os EUA pós 2007?).

    Tal como refere ao descrever estas figuras, e em particular a fig. 4, há vários indicadores da produtividade científica. Talvez fosse também interessante analizar o impacto da produção científica portuguesa na comunidade científica. O ideal talvez fosse uma figura com o factor de impacto médio por publicação por investigador, normalizado pelo investimento médio em ciência que o país faz. Isto seria bom por dois motivos. Primeiro, porque nos daria uma melhor ideia do impacto que os artigos têm em relação ao investimento que é feito. Segundo, porque assim poderiamos avaliar não só a quantidade de artigos mas qual o relevo deles (produzir muito não significa propriamente produzir bem).

    Obrigado

    1. Obrigado.

      – Quanto às fontes, se carregar no símbolo com os dois pontos em cada legenda (..) tem uma descrição mais pormenorizada de gráfico. De qualquer maneira, os dados são todos do Banco Mundial e as tabelas estão todas aqui: http://databank.worldbank.org/data/DadosCiencia/id/27640238

      Há apenas uma tabela (Fundos I&D em % do PIB) que é actualizada com dados da Pordata.

      – Relativamente aos EUA, tinha um erro, pelo que já actualizei os gráficos. Obrigado pela chamada de atenção. Não há, no entanto, valores relativamente ao número de publicações posteriores a 2009.

      – A sugestão que faz tem toda a pertinência. O problema é arranjar esses dados – se souber de fontes, terei todo o gosto em ir explorar. Uma fonte possível são os dados da recente Análise Bibliométrica que a FCT fez no contexto da mais recente avaliação, ( http://www.fct.pt/apoios/unidades/avaliacoes/2013/analise_bibliometrica.phtml.pt ), no entanto é preciso descobrir recursos idênticos para os outros países.

      Eu reconheço que estes dados são aglomerações de muita coisa e escondem imensas subtilezas. Infelizmente é o que há.

      De qualquer maneira, acho que a tendência geral deve estar correcta. Escolhi países para nos compararmos que, imagino, tenham padrões de publicação semelhantes e partilhem das mesmas ambições que nós (ou nós as deles). Por exemplo, no Brazil publica-se muito em revistas locais, em português (não só nas áreas Sociais, o que é relativamente comum noutros países, mas também em áreas em que a norma são revistas em inglês, como a biotecnologia). Por esse motivo penso que a comparação com o Brasil seria pior do que um país como a Espanha ou a Itália. Mas não sei exactamente se a comparação com a Polónia faz sentido.

  2. Excelente análise, bem melhor do que o habitual choradinho.

    Para mim foi surpreendente que o crescimento dos bolseiros esteja tão concentrado nos anos 2003-2007, tinha ideia que teria sido mais progressivo.

    O rácio na Figura 3 não surpreende no essencial. De facto, a política da FCT tem sido sempre de priveligiar gastos com recursos humanos em vez de outros gastos (por isso, em Portugal, há muita gente com bolsa, mas sem dinheiro para comprar material de laboratório, viajar, &c). Mesmo assim, não esperava que fosse tão baixo. Talvez seja, portanto, mesmo boa ideia ter menos investigadores e fechar centros de investigação.

    A baixa produtividade também se deve à quantidade gigantesca de tempo que um investigador perde em Portugal a lidar com a burocracia pública. É mesmo horrível (sobretudo para quem já viu outras realidades).

    1. Obrigado.
      Sim, é verdade que nós, em Portugal, somos especialistas em cortar um bocadinho a todos até que ninguém tenha o suficiente para fazer o que quer que seja, embora esteja tudo empregado.

      Eu confesso que também não estava à espera que o rácio da Figura 3 fosse tão baixo.

  3. João Palhoto Matos says:

    http://www.fct.pt/documentosdiversos contém ligações para os relatórios da FCT até 2011. Tal permite saber, por exemplo, qual o número de Contratos Ciência celebrados em 2008, etc.
    Depois de 2011 não há relatórios…

    1. Obrigado pela chamada de atenção. Escaparam-me estes relatórios.

      Não deixa de ser um sinal dos tempos, o facto de ter deixado de haver relatórios. A anterior avaliação também está muito bem mais documentada que a actual, com os relatórios individuais de cada grupo, bem como os recursos. Dou o benefício da dúvida, visto que a actual ainda não acabou.

  4. Teresa Mendes says:

    Bellissimo artigo.
    Se não for abuso, eu estou interessada e a fazer um pequeno trabalho cuja hipótese é a redução do financiamento para a investigação em Física nos últimos 10 anos, Portugal e Mundo, comparada com outras ciências naturais. Tem alguns apontadores onde poderei encontrar informação relevante?

    1. Olá Teresa,
      Especificamente sobre esse tema não tenho grandes sugestões. Talvez contactando a Sociedade Português de Física. Cumprimentos

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