5 de outubro de 2006
Nunca tive intenções de ser terrorista, mas que a segurança apertada dos aeroportos dá vontade de a tentar quebrar, ah isso dá!
5 de outubro de 2006
Nunca tive intenções de ser terrorista, mas que a segurança apertada dos aeroportos dá vontade de a tentar quebrar, ah isso dá!
28 de setembro de 2006
“Não acredito em bruxas, mas que elas existem, existem.”
Esta é bem capaz de ser uma das frases que eu mais detesto. É incoerente, é estúpida, não diz nada de jeito e normalmente citada por energúmenos. Tenho dito.
27 de setembro de 2006
Talvez a maioria de nós se mexa por paixão e por medo. Talvez todos nós. Eu acho que sim. Uns avançam pela dedicação que devotam às suas visões, aos seus objectivos, pela paixão de um ideal, de um futuro construido nas suas mentes. Outros por medo, ficam onde estão, ou andam pouco.
Certamente todos têm alturas, altos e baixos, e os apaixonados medo, e os com medo paixões. Mas serão maioritariamente apaixonados ou maioritariamente amedrontados. E haverá factores que potenciam tanto o medo como a paixão obviamente.
Agora, a questão é, será que a maioria vive apaixonado, ou com medo?
21 de setembro de 2006
Agora a sério, eu não li por completo as declarações do Papa e não sei exactamente o contexto em que as proferiu. Mas se eram, à partida, sujeitas a criarem celeuma, que certamente estaria ciente disso era o Papa. Então porque o fez? Essa é a grande questão, para mim.
Segundo. Em todas estas polémicas, quem vemos criticar o ocidente, além dos visados (os muçulmanos, supostamente, mas não o serão e geral, certamente), são os próprios ocidentais. Ora, quando o contrário acontece, como agora, que se matou uma freira católica num hospital na Somália, entre outras coisas, a reacção de auto-recriminação da parte muçulmana pouco ou nada se houve. E pior, cá, deste lado, quase que se incrimina o causador de tudo, seja o Papa, seja o jornal das caricaturas, seja o que for.
20 de setembro de 2006
É curioso ver, sempre que há manifestações anti-globalização, contra a pobreza, até contra a humilhação que sofrem os muçulmanos, ou os palestinianos, ou outro povo esquecido, a culpabilização do nefasto capitalismo imperialista americano, que é brutal e não olha a meios.
É certo que os maiores consumidores do mundo são os americanos. Só em termos energéticos, cada americano, em média, gasta cerca de quatro vezes mais que um europeu, para um nível de vida essencialmente igual. Isso permite-nos rotular os americanos não só de maiores consumidores, como maiores esbanjadores.
Mas imaginemos a seguinte situação: um gordo de 100 quilos a discutir com um de 150, porque come tudo e não dá a dez pobres que pesam 20 quilos. Talvez as proporções não sejam bem estas, mas o que eu quero dizer é que a grande maioria de nós tem entranhado no seu ser o tal capitalismo.
Todos nós gostamos da nossa vida como a temos. Damos graças por podermos ter roupa barata, energia e combustíveis a preços relativamente baixos e assim podemos ter carros e casas iluminadas e aquecidas. Podemos comer manga quase todo ano e bifes de vaca suculentos, e temos medicamentos para muitas doenças e maleitas. Temos telemóveis e computadores.
Certo é, que grande parte destas conquistas são fruto de investigação e dos avanços da tecnologia das sociedades ocidentais e talvez até tenham por base, as conquistas sociais que foram feitas. Mas nos dias de hoje, temo-las da forma que temos à custa do facto de outros não poderem viver assim. Não tenhamos ilusões, o preço que pagamos pelo petróleo, pela água e por muitas das tecnologias que usamos diariamente é o que é, precisamente porque há muita gente que não as pode ter. E que tem de se esforçar, além do que nós chamaríamos de limite, para que as possamos ter, como as temos. Não há dúvidas, a vida que vivemos é a preço de saldos, mas saldos à custa dos outros, numa versão moderna do Arbeit Macht Frei.
Se é fácil criticar o esbanjar dos americanos, poucos ou nenhuns estariam dispostos a abdicar de uma grama da qualidade de vida que têm, se é que se mede ao peso. E suspeito, que mesmo que os americanos racionalizassem os seus gastos e vivessem como nós, que os problemas de falta que o outro lado sente, só por isso dificilmente se resolveriam. Portanto, a culpa não é só do tal diabólico consumismo americano. A culpa é de todos nós.
17 de setembro de 2006
O Papa ofendeu os muçulmanos por, ao que parece, ter citado o Islão como uma religião impregnada de violência. A comunidade islâmica reagiu com desdém às declarações infames e cheias de inverdade do representante de Deus na Terra e prometeu atacar Roma e o Vaticano.
Ninguém nota aqui uma certa incoerência?
26 de julho de 2006
É capaz de não ser a melhor; aos homens até faz uma certa confusão física. Mas que me fez dar uma grande garagalhada em pleno metro, fez. É bom dar gargalhadas assim, é libertador. Para quem não conhece, as Histórias Devidas.
Ouçam-na aqui:
18 de julho de 2006
“A recuperação económica está a acontecer, mas depende fortemente de factores externos, como o preço do petróleo.”
Obviamente quer dizer não vai haver recuperação nenhuma. Pelo menos nestes moldes.