18 de setembro de 2009

Bem… ainda não. Mas podia! Como emigrante que sou, lá recebi em casa o boletim de voto para poder participar nas próximas legislativas, não sem alguma luta burocrático-administrativa. Um daqueles dos que o governo PS queria abolir, embora a mim, pessoalmente, não me causasse grande transtorno, já que vivo a menos de dez quarteirões do Consulado. Mas nem toda a gente tem esse previlégio.
boletim de voto
Uns dias antes de receber o boletim de voto no envelope abaixo, recebemos em casa uns prospectos do PSD.
envelope
Não tenho nada contra o facto de se informarem os cidadãos e acho muito bem que os partidos divulguem as suas posições, apresentem os candidatos e até ajudem a esclarecer as dúvidas logísticas do processo de voto, como fez o PSD. E, até ao momento, só mesmo o PSD o fez. Os consulados franceses, por exemplo, reúnem um pacote de panfletos e programas dos diversos candidatos e enviam-nos aos cidadãos franceses das suas zonas de jurisdição.
envelope PSD
No entanto, aqui não foi esse o caso. Como podem verificar no envelope acima, a correspondência vem directa do PSD, de Portugal. É, também, fácil de verificar onde é que o PSD foi buscar os nossos dados, já que escreveram a morada com os mesmos erros que o MAI, como por exemplo, repetir três vezes Boston na mesma linha. Não é que, para este propósito, a coisa me aborreça muito e a minha morada até é relativamente pública, mas não há uma lei qualquer acerca da privacidade dos dados pessoais? Não sei se foi o Consulado, o MAI, ou mesmo algum funcionário menos zeloso quem disponibilizou os dados ao PSD, mas suspeito que a coisa seja proibida, mesmo que para fins eleitorais. Eu certamente não quero receber publicidade do PNR. E que bela maneira de se construir uma mailing list: i) fundar um partido ii) ter acesso às moradas de todos os eleitores…

18 de setembro de 2009

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