12 de fevereiro de 2004

É capaz de não ser muito politicamente correcto dizer isto mas, salvo em dois casos, não tenho respeito nenhum por quem se suicida.
Nem sequer é por razões religiosas ou desse carisma. Simplesmente não consigo compreender os motivos que levam alguém a acabar com a sua própria vida. Acho que por mais desesperado que estivésse, largava tudo e ia para monge budista no nepal ou pastor na patagónia. E o dinheiro para lá chegar? Ia a pé… não é que tivésse pressa.
Os únicos dois casos que compreendo é: loucura completa, ou aquelas pessoas que dizem que chegaram ao fim dos objectivos a que se propuseram. E é só.
Digam-me se estiver a ser muito intransigente. Às vezes esqueço-me de prever algumas situações.

12 de fevereiro de 2004

6 pensamentos em “suicide

  1. sara says:

    vira as idéias do avesso..
    às vezes não são os objectivos que foram cumpridos, não há sequer qq vontade de os ter.
    e sabemos que há um outro lado sempre ali à mão de semear.
    há quem espere por uma rasteira do tempo, há quem decida qd é a hora de dar esse salto.
    a nós só nos cabe mostrar-lhes que os queremos ter por perto.

  2. Daniel Vidal says:

    Estou de acordo contigo, Scheeko, mas sabes uma coisa. Estatisticamente, há mais homens a suicidarem-se, e mais mulheres a deprimirem. Parece que elas aguentam a tensão quando os tempos são de facto difíceis, mas nós não, vamos directamente para o abismo.
    Por mais que deteste o suicidio, e ache que não valha a pena, são as rasteiras do tempo que ditam o caminho…
    Quanto às excepções, esqueces a eutanásia.

  3. joao says:

    O suicídio é uma parvoíce. Basta pensar que os nossos GRANDES problemas de há uns meses são agora um [tarologo mode] pontinho indistinto na linha da nossa vida [/tarologo mode].
    Mas quem não foi o adolescente que não teve ideias de pôr termo à vida, e escreveu coisas como “My life is shit / I want to die”? 🙂
    Ou, por outras palavras, “Tristeza não tem fim / Felicidade sim”. Às vezes apetece-me morrer, mas é mais para chatear os outros.

  4. android says:

    nos países nórdicos, pessoas inteligentes, com o nível de vida esperado de um habitante daquela zona, suicidam-se por causa da falta de sol. não consigo sequer imaginar como será.
    é complicado formular juízos sobre isso, em nenhuma situação tal me ocorreu, mas não deixo de conceber que haja pessoas que vejam o suicídio como último reduto. é um direito que deve ser preservado, sobretudo isso.

  5. Talvez tenha tratado o assunto com alguma leviandade (talvez não, de certeza). Mas é que sempre tive uma perspectiva muito optimista e sentida da vida e acho que, em qualquer caso, se estivésse muito mal, partiria para muito longe e iria experimentar outras coisas. É que não percebo como é que alguém possa querer desistir disto. Ah, convém dizer que sou uma pessoa cheia de sorte.

  6. viana says:

    opá
    o direito á morte é a última grande liberdade humana.

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