20 de maio de 2007

83,7 por cento da população empregada, com pelo menos um filho ou dependente a quem prestem cuidados, diz que não deseja alterar a sua vida profissional para poder dedicar mais tempo a cuidar deles. Os que admitem desejar trabalhar menos para conseguir aquele objectivo representam apenas 13,4 por cento. A percentagem de mulheres nesta situação mais do que duplica a dos homens (18,8 por cento contra 8,1).

in Público
Parte do problema das escolas e da educação nacional está naquilo que cito do Público/INE acima. Cada vez mais as pessoas descartam-se das famílias e dos filhos. E uma das coisas que fazem é sobrecarregar as escolas com exigências que não podem ser feitas. À parte de graves problemas vindos do sistema, dos professores e do ministério, uma grande porção virá também desta desresponsabilização colectiva e disso, pouco se fala.

20 de maio de 2007

2 pensamentos em “A Escola I

  1. Ah pois é! As pessoas tornaram-se egoístas, cada vez menos querem ter filhos, e cuidar deles efectivamente…
    Querem ter os filhos nas creches o mais cedo possível, não querem prescindir de nada em função dos putos. E depois, mais tarde, esperam que os miúdos sejam realmente educados em todos os sentidos nas escolas, esquecendo-se que grande parte da educação parte dentro do Quintal de cada um.
    Aliás, cada vez mais há casais que decidem não ter filhos. Acho isso uma forma reles de egoísmo… Aceito, mas não compreendo.

  2. Muitas vezes esse “atirar” das crianças para as escolas não é só fruto do egoísmo. Se os dois pais trabalharem das nove às seis e demorarem uma hora em transportes para a escola (o que não é raro, e muitas vezes sem ser por opção), basta não terem familiares para os apoiarem e caiem, forçadamente, em situações semelhantes.
    Outras vezes, não será só egoísmo, mas laxismo, falta de paciência e de integridade, umas vezes conscientemente, outras nem tanto.
    E por fim, como dizes, e não serão tão poucos como isso, os que põem outras prioridades em primeiro lugar.

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