24 de junho de 2007

A cidade de São Francisco decidiu banir os sacos e as garrafas de plástico.
Antes de virem energias realmente limpas, é nestes pequenos pormenores que se vai fazer a diferença.

24 de junho de 2007

23 de junho de 2007

Deixo aqui um texto do Prof. Jorge Buescu, saído no Público e publicado no De Rerum Natura

Tudo o que vale a pena exige esforço. E quanto mais vale a pena, mais esforço exige. Isso é particularmente verdade sobre a Matemática: se investirmos um esforço pequeno sobre as matérias, ficando com um conhecimento superficial, de pouco ou nada nos valerá o “esforço”.
A Matemática não se aprende na Wikipedia ou navegando pela Internet. Exige pensamento, estudo, concentração, treino e algo para que nos últimos 2500 anos não se inventou substituto – o contacto humano. Aquilo a que normalmente se chama aulas.
Não sei se isto parece aborrecido, mas é a melhor (se não mesmo a única) maneira de aprender Matemática. E aprender é não só uma aventura maravilhosa, como tem no final o pote de ouro da compreensão do mundo. E para transformar o Mundo, é preciso primeiro compreendê-lo.
Isaac Asimov, num conto com mais de cinquenta anos publicado nos Nove Amanhãs, relata a seguinte história. Num futuro imaginário, as crianças brincam 364 dias por ano e um dia por ano o seu cérebro fica ligado a uma máquina com discos que lhes administram automaticamente todos os conhecimentos de que necessitam. Assim fazem toda a escolaridade e aprendem tudo o que precisam, da primária à Universidade. Todos menos um rapazito.
Desde os 7 anos de idade este rapaz foi obrigado a aprender à maneira antiga: estudando, tendo aulas, esforçando-se, compreendendo, investindo o seu tempo. Enquanto os seus amigos brincavam 364 dias por anos, ele estudava. E assim foi, para sua grande frustração, incompreensão e mesmo revolta, até à idade adulta.
Nessa altura foi chamado pelas classes governantes da sociedade. Começa por expor toda a sua revolta. Porque é que me trataram assim? Porque é eu tive de me esforçar para aprender por mim próprio tudo aquilo que ensinaram aos outros sem esforço? E a resposta foi “Porque tu foste escolhido para escrever os próximos discos”.
O pote de ouro da Matemática é o seguinte: todos os grande avanços científicos e tecnológicos implicam a utilização de novas ferramentas matemáticas. Para dar um exemplo recente que muitos de nós temos nas mãos, uma desconhecida empresa de indústria pesada, que fabricava pneus e pasta de papel, decidiu no final dos anos 60 virar-se para as telecomunicações. Estava num país com enorme densidade de pessoas altamente qualificadas do ponto de vista científico, técnico e matemático, e os grandes problemas matemáticos estavam a surgir. Era uma altura estratégica para entrar.
O país era a Finlândia. A empresa era a Nokia, hoje o gigante mundial de telemóveis. Continua a fabricar pneus, embora quase ninguém saiba. Mas para isso não é preciso Matemática mais sofisticada do que a do século XVIII, e não é por isso que a Nokia é conhecida (o leitor conhece alguém que use pneus Nokia no carro?). Para inovar verdadeiramente é necessário estar em condições de criar Matemática nova (e Física, e Química, e Engenharia). Enquanto seres humanos isso transporta-nos a altitudes nunca antes imaginadas – é como descobrir um Evereste pessoal para escalar. Só isso já compensa o esforço. E no fim da escalada pode estar um verdadeiro pote de ouro. Mas só está lá para quem se esforçar a descobri-lo.

O Prof. Jorge Buescu foi meu professor de Análise Numérica no IST. Sempre foi dos professores mais admirados (por mim e pelos meus colegas). Mas o que mais me influenciou foi as palavras que proferiu num jantar da Associação Juvenil de Ciência, então sob a presidência do meu colega de curso Ricardo Monteiro. As palavras exactas não as sei. Mas foram na linha do que afirma o que o texto transcrito acima. Palavras de motivação, de esforço e sobretudo de promessas de verdadeiro prazer na descoberta e no fim desse caminho. Juntas com as palavras de Feynman no fim de um dos livros das suas Lectures on Physics, continuam a ser as melhores palavras de motivação, verdadeiramente sinceras, que já ouvi e que ainda hoje me servem de referência.

23 de junho de 2007

22 de junho de 2007

Houve umas mudanças nos últimos dias no servidor, o que pode ter levado a alguns problemas. Espero que dentre em breve tudo regresse à normalidade.

22 de junho de 2007

18 de junho de 2007

E se se fizésse um aeroporto grande, longe, para servir o país e o mundo e outro pequeno, na base do montijo, para low costs e high costs. Tinhamos as low, que já conhecemos, a voar fora de horas, mas aqui para um aeroporto central, bom para fugas de fim-de-semana que é um turismo que se está a desenvolver graças aos preços baixos. As high cost seriam para vôos pequenos, para executivos ou turistas de luxo, para chegarem perto do centro de Lisboa, a horas decentes, mas aí paga-se. Os vôos intermédio-cost e os de longo curso (quem espera 10 horas, espera 11h) lá ficariam longe para burro, nas otas ou semelhantes. Esse aeroporto também poderia servir para base de angariação a low-costs, para redistribuição de alguns mercados que a TAP, e outras, até talvez charters, têm peso. Mas esta ideia pode ser disparatada, já que não me baseio em nenhum estudo para a emitir!

18 de junho de 2007

18 de junho de 2007

Recentemente a Apple lançou, na sua conferência anual de programadores, o Safari para Windows e anunciou que esse seria na prática o único IDE para o vindouro iPhone. Para uns será chinês, mas o objectivo é uma reflexão(zinha) sobre a estratégia de profundidade da Apple. Não sou programador, nem informático, portanto é a opinião de um consumidor minimamente interessado, mais ou menos atento.
Acho que devemos começar pelo iPod, o primeiro produto verdadeiramente de massas da Apple. Não vou discutir aquilo que toda a gente sabe. Aliás, a única coisa que vou dizer do iPod é o seguinte: é caro, é bonito, funciona muito bem – como é filosofia da Apple (isto não significa que tudo o que é Apple é bonito, caro ou funciona bem!) – e, ao contrário do que era costume com os produtos Apple, está em toda a parte. Por agora o que quero dizer sobre o iPod é isto.
O que me interessa sobre o iPod para já foi a sua capacidade de penetração, trazendo consigo o iTunes, com a sua loja e os podcasts. Nem a venda de música online, nem os podcasts eram originais, mas a verdade é que a Apple conseguiu uma penetração fabulosa. Mais, não é apenas uma larga fatia do mercado. O mais importante é a lenta mas poderosa transformação deste e, mais ainda, do que rodeia o mercado. E na música é a mudança da postura das editoras, dos músicos, da venda digital, do próprio conceito de produção e sobretudo dos direitos de autor. Esta é uma mudança que ainda está a ocorrer e lentamenta vai mudar o panorama de como se faz música.
Ao tentar banalizar os podcasts (puxando utilizadores de macs, pc e linux) a Apple está a quebrar barreiras importantíssimas no que diz respeito às questões de propriedade (e lembro que os podcasts ainda não são dado adquirido na sociedade). Depois veio o DRM e certamente mais virá, sobretudo quando se chegar ao video em plena força, que requere uma infra-estrutura de internet um pouco mais poderosa – mas que pouco falta.
O iPhone, penso eu, se tiver sucesso poderá tê-lo a dois níveis: o primeiro como dispositivo integrado de alto potencial de comunicação, integração e mobilidade, com uma capa de usabilidade extraordinária. Mais uma vez, nada ou quase nada é totalmente novo, mas o conjunto será.
O segundo nível de sucesso que poderá ter é ser o primeiro promotor da computação móvel. Ao apresentar o Safari em Windows e como única plataforma de desenvolvimento para o iPhone a Apple está lentamente a forçar o primeiro passo para se passar as aplicações para dentro da net, aliadas à mobilidade. Novamente, não é totalmente novo; há as Google Apps, ou aplicações como o Picnik, que embora ainda estejam a dar os primeiros passos, já fazem coisas com dignidade e potencial de usabilidade. Aí o iPhone poderá dar os primeiros passos na direcção do computador móvel – não o computador transportável, como actualmente são os portáteis.
Obviamente ainda falta muito para um futuro desses, mas penso que mesmo que o iPhone falhe por completo (o que não acredito), o futuro está definitivamente a ser lançado em que as aplicações vão correr na internet e vêm buscar recursos mínimos aos nossos terminais, em vez de correrem, como agora, nos nossos computadores, indo buscar dados à internet.

18 de junho de 2007

14 de junho de 2007

Que ninguém diga que António Costa foi um ministro incompetente. Até se dignou a introduzir as boas práticas estrangeiras em Portugal para um eficaz combate aos incêndios: as monções.

14 de junho de 2007

11 de junho de 2007

Mas há dúvidas de que o aeroporto irá para a Ota?

11 de junho de 2007

11 de junho de 2007

Vem aí o Santo António, uma das minhas celebrações populares preferidas, em ex aequo com a Romaria da Nossa Senhra da Agonia. O que gosto é das pessoas na rua, da festa até às tantas, do espírito que invade o lisboeta e o visitante, habitualmente tão portuguêsmente fechado e de olhar cabisbaixo. Mas sobretudo são os sons, os cheiros e a explosão de uma Lisboa muitas vezes adormecida, mas nunca sem perder a sua beleza intrínseca, que, apesar de tudo, acho que poucos conhecem verdadeiramente.
E como nos próximos tempos não vai haver Santo António para mim, ofereço uma sardinha ou uma cerveja àqueles que pelas ruas me encontrarem e mencionarm o código X23LZTY200G.

11 de junho de 2007

9 de junho de 2007

Que raio de coisa é que fazem às velhinhas, que volta e meia aparecem de cabelo roxo?

9 de junho de 2007

8 de junho de 2007

Ouvi na rádio, mas consta que veio no Expresso. Se é que se passou assim mesmo, fica patente em três perguntas apenas uma deliciosa argúcia, não sem o seu quê de matreirice do homem mais rico de Portugal.
Apresentava-se quatro possíveis candidatos à sua sucessão nos comandos da Sonae, entre as quais a de Paulo Azevedo, seu filho. As perguntas que fez individualmente a cada um, terão sido as seguintes:

. Quer e considera-se capaz de assumir a presidência do grupo Sonae?
. Caso não seja escolhido, aceita a nomeação de qualquer um dos outros candidato?
. Se tivesse de escolher entre um dos restantes candidatos, qual escolheria?

E tendo em conta a escolha unânime de todos na última pergunta, Belmiro nomeou seu sucessor o seu filho.

8 de junho de 2007

"